Manifestação defende manutenção de recursos para escolas especiais
As associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de todos os estados e do Distrito Federal, centros de ensino especial do DF e representantes do Sinpro, em conjunto com outras instituições que trabalham na reabilitação das pessoas com deficiência, realizaram nesta quarta-feira (13) uma mobilização para alterar o atual texto da meta 4 do Plano Nacional da Educação (PNE), que prevê o corte de repasse para escolas especiais e a inclusão de todos os alunos com necessidades especiais em escolas públicas regulares, até 2016. O movimento busca também o reconhecimento e a valorização das instituições da sociedade civil que atendem as pessoas com deficiências, garantindo a continuidade e a parceria com o poder público, a manutenção das escolas especiais no texto do PNE e a inclusão e coexistência entre escolas comum e especial.
Cerca de 5 mil pessoas se concentraram próximo ao Museu da República e seguiram em passeata até o Congresso Nacional com o objetivo de entregar o texto aprovado na Câmara ao senador Cyro Miranda (PSDB-GO), presidente da Comissão de Educação. A proposta aprovada pelos deputados foi alterada pelo relator da matéria no Senado, José Pimentel (PT-CE). “Diante do movimento, que já vem organizado da educação especial em um todo, vemos a necessidade de uma inclusão que atenda as necessidades reais dos nossos alunos. Hoje esse movimento, que contou com pessoas de todo o país, lutou por uma educação especial de qualidade”, explicou a diretora do Sinpro Wiviane Farkas.
A professora Aracy Ledo, presidenta da Federação Nacional das Apaes, disse que não é contra a inclusão, mas, ao mesmo tempo, ressaltou que não se pode tirar as escolas especiais [dos repasses governamentais].“Uma escola não substitui a outra, a família tem o direito de escolher onde colocar seus filhos. As escolas [regulares] não estão preparadas para receber esses alunos”, explicou.
Com informações da Agência Brasil