Live da CUT na próxima quinta (4) debate transição justa e mudanças climáticas

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Cientistas e pesquisadores no Brasil e no mundo estão associando a pandemia do novo coronavírus e os vírus  infecciosos das últimas décadas ao consumo desenfreado com criação industrial de animais, a destruição recorrente do planeta potencializados com as mudanças climáticas. O que também poderá levar a outras pandemias, caso não sejam feitas  mudanças estruturantes e sustentáveis no Brasil e no mundo.

E é com este contexto que representantes do sindicalismo nacional e internacional, de organizações socioambientais, dos movimentos sociais e da academia vão debater na Live “Transição Justa e Mudanças Climáticas”, que acontecerá na próxima quinta-feira (4), véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente. A live será transmitida nas páginas da CUT do Facebook e do YouTube.

A ideia do seminário virtual é discutir as contradições do atual modelo de produção e consumo capitalista e discutir perspectivas programáticas em defesa do meio ambiente e da classe trabalhadora, retomando a bandeira central do movimento sindical da transição justa.

Já estão confirmados para esta live o Secretário-Geral da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Rafael Freire e Montserrat Mir, do Centro de Transição Justa, que trazem para o debate as perspectivas sindicais do tema na região e internacionalmente; William Nozaki, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), que vai contribuir com debate sobre a o setor energético e suas transformações; e Tatiana Oliveira, do Grupo Carta de Belém, que apontará as construções articuladas na luta pela justiça socioambiental de organizações e movimentos sociais. 

Para o secretário Nacional de Meio Ambiente da CUT, Daniel Gaio, que será o mediador do debate, o modelo atual de produção e consumo capitalista gera uma exploração da natureza e do trabalho, aumenta o desmatamento, a poluição e por consequência uma série de possíveis contaminações. Tudo isso, diz, é potencializado ainda mais pela crise climática.

“A gente precisa questionar este modelo e pensar em um outro tipo de desenvolvimento que seja sustentável como medida emergencial para o clima, contra a devastação da natureza e que possamos achar uma saída para que a conta desta transição de modelos não seja colocada nas costas do trabalhador e da trabalhadora”, afirma Gaio, que complementa: “É necessário e urgente que os sindicatos e federações da CUT entrem neste debate de transição justa que possamos ficar mais fortes e preparados para as transformações que estão se acelerando com esta pandemia”, disse Gaio.  

Os debatedores tentarão responder alguns questionamentos: é possível pensar em políticas econômicas pós pandemia que gerem emprego e renda? Como pensar a transição justa no novo cenário? Por que as políticas neoliberais não podem ser a resposta? Como os trabalhadores movimentos sociais e sindical têm papel fundamental nesse processo?

A secretária Nacional de Formação, Rosane Bertotti, disse que esta discussão é estratégica para a CUT e importante para a classe trabalhadora. Já que é certo que, se não partir dos trabalhadores e das trabalhadoras as propostas de mudanças serão elas e eles os mais afetados.  

“A questão ambiental é uma concepção de vida e tem tudo a ver com a relação com o trabalhador e da trabalhadora. A formação tem a responsabilidade de trazer os aspectos deste debate para a estratégia da entidade e fortalecer a luta da CUT em defesa da classe trabalhadora”.

A CUT lançará nesta live quatro vídeos relacionados ao tema do debate:Conceito transição justa, Novas tecnologias,Impactos na classe trabalhadora e transição energética e  Falsas soluções e disputa de modelo

Fonte: CUT