Jovens realizam ato em defesa da democracia

No Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, jovens realizaram um ato no Rio de Janeiro em defesa da democracia. Durante a manhã desta terça-feira (10), vinte e um integrantes de uma ONG se penduraram em paus de arara nas areias da Praia de Copacabana mostrando a necessidade de valorização da democracia e das garantias estabelecidas pela Constituição Federal de 1988.

Além de lembrar os 21 anos da Ditadura Militar e de tudo que foi subtraído do povo brasileiro, o ato também alertou sobre as declarações de autoridades sobre o AI-5, considerado um dos atos de maior poder repressivo tomados durante a ditadura, com a cassação de mandatos políticos e suspensão de garantias constitucionais. Diante da grande quantidade de retrocessos, hoje, no Brasil, a conjura tem nos forçado a fazer esta discussão com a sociedade continuamente.

 

Série tenta combater ‘ideias esquerdistas’ na história

A TV Escola, ligada ao Ministério da Educação, lançou na segunda-feira (9) a série Brasil: a última cruzada, que pretende abordar a história do Brasil com visão ideológica de direita e conservadora. No primeiro episódio, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho foi um dos entrevistados.

Ainda são esperados nomes como José Carlos Sepúlveda, intitulado discípulo de Plínio Corrêa de Oliveira (líder da TFP, a Tradição, Família e Propriedade), o delegado, católico e autor de livros jurídicos Rafael Vitola, o licenciado em história Thomas Giulliano Ferreira dos Santos, que escreveu um livro em que critica Paulo Freire, e o analista político Percival Puggina, também conservador e religioso.

Na série, a história é narrada de forma a engrandecer o papel da Igreja Católica e da fé na empreitada de Portugal na chegada ao território que seria o Brasil. O genocídio indígena e a história dos negros escravizados são minimizados. No trailer, a série afirma que “vai revelar a história escondida do Brasil”.

A série é produzida pela produtora Brasil Paralelo conhecida por lançar filmes e livros a partir de um revisionismo histórico, dedicado a combater “ideias esquerdistas” na política, história, cultura e educação. No dia 31 de março deste ano, aniversário do golpe militar, a produtora lançou “1964: O Brasil entre Armas e Livros”, documentário que justifica a derrubada do presidente João Goulart como um movimento de reação à ameaça comunista. A produção foi elogiada pelos filhos do presidente Bolsonaro e incensada em círculos da direita.

Com informações da Carta Capital