Impeachment de Arruda mais próximo

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa do DF votou, nesta quinta-feira (18), pela admissibilidade dos quatro pedidos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), que está preso na superintendência da Polícia Federal. Será criada agora uma Comissão Especial que apreciará o parecer da CCJ e, caso aprovado, será aberta defesa ao governador. Posteriormente, haverá apreciação pelo Plenário da CLDF. São necessários 16 votos para que Arruda seja imediatamente afastado de seu cargo e perca seus direitos políticos por oito anos.
Caso o governador renuncie o cargo antes da apreciação dos pedidos de impeachment pelo Plenário da Câmara, Arruda preservará seus direitos políticos. Mesmo que renuncie, o governador não terá como concorrer a qualquer cargo eletivo nesta eleição, já que o prazo para filiação partidária encerrou-se. A pressão exercida pela CUT-DF e pelo movimento organizado – com manifestações de rua e atos políticos – surtiu efeito: após a prisão do governador Arruda, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa (CLDF) deu início ao processo que culminará no impeachment.
Desde o início da crise, em novembro do ano passado, parlamentares ligados a Arruda fizeram de tudo para evitar que os pedidos de afastamento e impugnação de mandato tivessem prosseguimento na Casa. Com o aumento crescente da insatisfação popular e sob ameaça de intervenção federal no DF, a conversa mudou radicalmente de rumo. Caso o governador seja impeachmado, ele perderá os direitos políticos por oito anos. Se renunciar, será julgado pela Justiça comum. A CCJ é formada pelo relator Batista das Cooperativas (PRB) e pelos deputados Cristiano Araújo (PTB), Chico Leite (PT), Bispo Renato (PR) e Paulo Roriz (DEM).
Com informações do site da CUT-DF