IBGE registra aumento nos preços da gasolina, plano de saúde e energia

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,14% em maio – 0,21% menor do que em abril. Foi a menor taxa para o mês desde 2000. O acumulado dos últimos doze meses foi de 2,70%. No ano, o IPCA-15 está acumulado em 1,23%, menor nível para o período janeiro-maio desde o Plano Real.
Os dados são do IBGE e foram divulgados nesta quarta-feira (23). Segundo o instituto, três dos nove grupos pesquisados tiveram deflação. Mas itens importantes de consumo aumentaram de preço, como é o caso da gasolina, dos planos de saúde, remédios e energia elétrica.
O grupo ‘Alimentação e Bebidas’ caiu 0,05% – produtos consumidos nos domicílios aumentaram 0,09%, já a alimentação fora de casa caiu 0,28%. O que mais aumentou em maio: cebola (35,68%), hortaliças (6,10%), feijão carioca (3,75%) e leite longa vida (4,44%). Registraram queda, entre outros,  açúcar cristal (-3,90%), pescados (-3,51%), frango inteiro (-1,60%), arroz (-1,35%) e frutas (-0,97%).
Em Transportes, que variou -0,35%, a gasolina teve alta de 0,81%, enquanto o preço do etanol caiu 5,17% e a passagem aérea recuou 14,94%. Esses dois itens foram responsáveis por -0,05 ponto percentual no resultado do mês.
O outro grupo com queda foi ‘Artigos de Residência’ (-0,11%). O resultado foi determinado pelo item TV, som e informática (-1,47%).
Já a maior alta foi de ‘Saúde e Cuidados Pessoais’, com 0,76%. Segundo o IBGE, a pressão sobre os preços foi exercida pelos itens plano de saúde (1,06%) e, remédios (1,04%) – que sofreram reajuste anual, a partir de 31 de março, com variação entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo do medicamento.
Com alta de 2,18%, energia elétrica “puxou” o resultado do grupo Habitação (0,45%). Várias regiões tiveram reajustes, como Salvador, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. O item gás encanado também aumentou, 0,46%, com aumento no Rio de Janeiro.
O menor resultado de maio foi apurado na região metropolitana de São Paulo (-0,19%), com queda nos preços do etanol (-5,56%) e da passagem aérea (-28,39%). O maior foi de Salvador, influenciado por altas da energia elétrica (15,47%) e da cebola (44,84%).
O IPCA 15 é um indicador calculado com base no consumo de  famílias com rendimento entre 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.