Greve dos professores de Roraima chega ao 10° dia; saiba as razões

Comunicamos aos senhores pais e à sociedade roraimense que:

  1. A decisão de entrar em greve foi tomada pelos trabalhadores em educação em assembleia geral realizada em 6/8/2015. O Sinter, conforme a lei de greve determina, apenas encaminhou a decisão da base.
  2. A greve é mais do que oportuna e justa, conforme os demais pontos desta nota demonstram.
  3. O governo desrespeitou o princípio da isonomia ao estabelecer dupla jornada de trabalho apenas para os técnicos lotados na Secretaria de Estado da Educação.
  4. O governo tem atrasado o pagamento dos salários dos profissionais da educação seguidamente, mesmo depois do acordo.
  5. As condições de trabalho, na maioria das escolas, continuam deploráveis: estrutura física comprometida, falta de material didático, falta de merenda, falta de professor, falta de transporte escolar.
  6. O governo demorou 45 dias para nomear os membros das comissões.
  7. O governo não cumpriu o prazo de 90 dias para apresentar respostas concretas aos pontos da pauta da nossa pauta de reivindicações.
  8. O governo, em vários momentos, deixou transparecer sua intenção de revogar a Lei 892/2013 (sancionada e publicada no Diário Oficial do Estado) e de criar um plano de carreira com carga horária de 40 horas para os professores.
  9. O governo, além disso, retirou do Plano Estadual de Educação (PEE) a educação indígena, em total desrespeito à Constituição Federal e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que garantem uma educação diferenciada aos povos indígenas.

Por tudo isso, não dá mais para confiar nas palavras do governo. Não aceitamos mais promessas nem desculpas para novos atrasos, muito menos ameaças. Exigimos respostas concretas e imediatas: enquadramento na Lei 892/2013; pagamento das progressões horizontais e verticais, incluindo os retroativos; incorporação da GID aos vencimentos, além dos demais pontos encaminhados.
Reiteramos o compromisso com a classe estudantil e nos comprometemos a fazer a reposição das aulas, conforme a legislação determina. Porém, desta vez, só aceitaremos encerrar a greve quando o governo, de fato, cumprir suas promessas.
Contamos com o apoio e a compreensão de vocês e ficamos na expectativa de que o governo aja com bom senso e nos apresente razões factíveis para voltarmos à sala de aula o mais rápido possível.
Comando de Greve
(Do Sinter)