Greve dos petroleiros é em defesa de toda a sociedade


A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados realizarão uma greve nacional de advertência de 72 horas a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio. Desde a segunda-feira (28/5) já ocorreram diversas paralisações-relâmpago e atos nas unidades do Sistema Petrobrás pelo Brasil afora.
O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, explica que o movimento deverá ter apoio total da sociedade, porque uma das principais reivindicações é a redução dos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha – além de lutar contra a privatização da Petrobrás.
Os petroleiros denunciam os danos causados pela atual politica de reajustes dos derivados de petróleo, que Pedro Parente e Michel Temer impuseram para beneficiar o mercado e as importadoras de combustíveis. Em apenas um mês – entre 22 de abril e 22 de maio -, o preço do diesel subiu 18%; o da gasolina, 20%.
“O governo reduziu a operação das refinarias brasileiras e isso fez com que o Brasil passasse a importar 30% de todos os derivados que consome e com que os preços praticados aqui passassem a seguir as oscilações do barril do petróleo lá fora”, disse Rangel.
O coordenador da FUP destacou que “a Petrobrás passou a incomodar muito mais o capital internacional quando descobriu o Pré-Sal e, como indutora do desenvolvimento nacional, estava sendo gerida para atender aos interesses do Estado brasileiro. Mas o povo não sabe disso. Se não denunciarmos, o povo não vai saber que descobrimos 300 milhões de barris de petróleo e que apenas um único poço produz 40 mil barris de petróleo. Não vai saber que tudo isso está indo embora por uma política entreguista deste governo e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Se a gente não falar para o povo que as plataformas da Petrobrás estão sendo construídas na China, Estados Unidos e Coreia, gerando emprego lá, enquanto os estaleiros no Rio de Janeiro estão fechados, eles não vão saber. Nós temos a obrigação de explicar tudo isso e disputar a opinião”.
O Brasil tem petróleo, refino e distribuição. É absolutamente desnecessário o aumento das importações de derivados, como tem feito Pedro Parente desde que implantou a nova política de preços, em julho do ano passado, aumentando as importações do país em cerca de 25%.
Quem paga a conta é o povo brasileiro, tanto na hora de comprar gás de cozinha, quanto gasolina e todos os produtos que dependem de transporte ou que sejam produzidos a partir dos derivados, explica Rangel.