Professores e orientadores educacionais entram em greve nesta segunda-feira, dia 2
Se não tem proposta, a resposta é greve! Essa foi a decisão que professoras, professores, orientadoras e orientadores educacionais tomaram na assembleia geral que aconteceu na manhã desta terça-feira (27). A greve terá início na segunda-feira, 2 de junho, em respeito à legislação que prevê 72 horas de antecedência na notificação da paralisação.
Foi aprovado, também, um calendário de mobilizações, com assembleias regionais, reunião do comando de greve – que será eleito – e uma nova assembleia geral no dia 5 de junho (veja calendário abaixo).
No final da manhã desta terça, a assembleia se converteu em ato público, e os participantes seguiram em passeata até o Palácio do Buriti, onde deram o recado: se a situação é grave, a resposta é greve! Em frente à sede do Executivo local, a categoria mostrou que está unida e mobilizada para garantir as pautas de reivindicações da Campanha Salarial 19,8% rumo à Meta 17 – reestruturação da carreira já!
“A decisão da assembleia reflete o esgotamento da categoria, que se vê obrigada a recorrer ao instrumento de luta mais enérgico para conseguir ser ouvida”, afirmou a diretora do Sindicato Márcia Gilda.
Reação
Na assembleia, a comissão de negociação do Sinpro recuperou o histórico recente que atesta que o sindicato vem tentando negociar com o governo Ibaneis Rocha desde início do ano. A pauta de reivindicações, debatida e aprovada pela categoria, foi levada à mesa e o GDF chegou a realizar estudos para iniciar a reestruturação da carreira, um dos pontos centrais da campanha salarial.
Entretanto, mais uma vez demonstrando nenhuma vontade política de acolher as demandas da categoria, o governo Ibaneis informou ao sindicato, na reunião de negociação em 21 de maio, que “não tem condições orçamentárias” para atender às pautas da Campanha Salarial do magistério público.
“Todo mundo sabe que Ibaneis Rocha abre mão de bilhões do orçamento do DF em renúncias fiscais e perdões de dívidas, então, não dá para aceitar o argumento de que não tem dinheiro”, afirmou a diretora do Sinpro Márcia Gilda. “O que está faltando a esse governo não é dinheiro, é vontade política, é tratar com prioridade a educação pública, a educação do seu povo”, completou.
Principais pontos de pauta
Uma das pautas prioritárias da campanha salarial do magistério é a reestruturação da carreira. Ao longo dos anos, a mudança tem se mostrado um mecanismo eficaz para a ampliação e a garantia dos direitos da categoria, principalmente na valorização do vencimento-base.
Entre os principais pontos da reestruturação da carreira estão o achatamento dos padrões de 25 para 15 e a chegada mais rápida ao topo da tabela salarial; a ampliação do percentual de mudança entre padrões, além de, no mínimo, dobrar os percentuais de titulação (especialização, mestrado e doutorado). Os pontos convergem na valorização profissional e, consequentemente, na promoção de uma educação pública socialmente referenciada.
>> Veja o ponto a ponto da reestruturação da carreira AQUI.
Edição: Vanessa Galassi
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