Governo Rollemberg força radicalização. Categoria protesta no Buriti e ocupa a CLDF

Diante do retrocesso nas negociações entre a categoria do Magistério Público e o Governo do Distrito Federal, não restou alternativa a professores(as) e orientadores(as) educacionais senão radicalizar o movimento paredista.
A assembleia na manhã desta quarta-feira (11) foi interrompida por volta das 11h.
Descontente com os encaminhamentos apontados pelo governo Rollemberg (PSB) em reunião na tarde de ontem, a categoria resolveu suspender a atividade para transformar a assembleia em um grande ato de protesto.
Parte dos docentes se dirigiu para o gramado na frente da sede do governo, reivindicando a abertura de negociações sérias, que possam pôr fim à greve. A Polícia Militar reagiu com gás de pimenta e posicionou o Batalhão de Operações Especiais da PM (BOPE) próximo aos(às) professores(as).
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Outra parte ocupou o gabinete da presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, e só promete sair de lá quando os parlamentares se posicionarem e intervierem junto ao GDF para resolver o impasse. Os docentes estão prontos a permanecer no local e a realizar greve de fome caso as negociações não avancem.
Retrocesso – A reunião da diretoria do Sinpro-DF e do Comando de Greve com representantes do governo, realizada na terça-feira (10), foi considerada, no mínimo, frustrante. Desrespeitosa até.
Ao invés de dar sequência à negociação, o GDF deu um passo atrás e conseguiu piorar a proposta apresentada na semana passada.
Com 17 itens, a nova proposta oficializa as Organizações Sociais (OS) como método de privatização da educação. No item 16 da proposta, praticamente encerra a docência do magistério público na educação infantil do Distrito Federal.
Além disso, Rollemberg manteve o corte de ponto e a multa exorbitante para o Sindicato (R$ 400 mil por dia).
Insistindo na eterna falta de recurso, o governo também manteve o pagamento das tabelas salariais a partir de outubro de 2016 e previsão de pagamento do retroativo somente em janeiro de 2017. A novidade da nova proposta fica por conta de que não haverá pagamento dos dias parados e, assim, consolida a posição de criminalizar o legítimo direito de se manifestar e ainda apela para a Justiça, em vez de discutir com a categoria, na Mesa de Negociação.
Vale lembrar que nunca, na história do movimento docente do Distrito Federal, houve governador que, a cada negociação, piorasse as propostas discutidas em Mesa.
>>> Confira a nova proposta do GDF