Gestores(as) cobram PDAF e unificam ações no calendário de lutas da Campanha Salarial

Em reunião bastante representativa, realizada nesta segunda-feira (20) em formato remoto, gestores e gestoras das escolas públicas do DF e diretores e diretoras do Sinpro debateram os problemas da rede, que se arrastam desde o início do ano letivo, e a campanha salarial 2023.

O encontro aconteceu após deliberação da assembleia geral de 14 de março, e foi bastante produtivo para unificar ações no calendário de lutas aprovado pela categoria. Entre as principais reivindicações está o pagamento imediato da primeira parcela do PDAF 2023, bem como seu reajuste. O atraso tem causado grandes transtornos nas escolas, e mostra, mais uma vez, o descaso do GDF com a educação pública.

Descaso que também se revela nas perdas salariais da categoria, que está há oito anos com os salários congelados, diante de um contexto de inflação. Por isso, na reunião, falou-se sobre a importância de gestores e gestoras se envolverem no processo de mobilização da campanha salarial, em especial, para a construção da próxima assembleia geral com paralisação. Ela está marcada para 26 de abril, mas pode ser antecipada caso seja necessário.

Em seu informe sobre as negociações do Sinpro com o governo, o diretor do sindicato Cleber Soares disse que houve avanços nas conversas sobre cartão PDAF. A diretora do Sinpro Luciana Custódio, também integrante da comissão de negociação, falou do calendário de mobilização aprovado pela assembleia geral, especialmente das ações como o Sinpro nas Cidades e as plenárias regionalizadas. “Precisamos da ajuda de todos para ampliar nossa mobilização e exigir que o governo nos apresente avanços reais”, disse Luciana.

Nas suas avaliações, os participantes da reunião também falaram da realidade de turmas superlotadas, da quantidade excessiva de professores e professoras temporários – e, portanto, a importância da realização de concurso público -, e da defesa da gestão democrática.

Ao final, a diretora do Sinpro Mônica Caldeira, que coordenava a reunião, elencou os encaminhamentos: será criado um formulário “google form” para levantar informações sobre o envio da primeira parcela do PDAF em cada escola; o Sinpro solicitará agilidade da Secretaria de Educação na análise dos processos das escolas, para evitar que a verba fique parada; contra o aplicativo para uso do cartão PDAF; nova reunião com gestores e gestoras antes da próxima assembleia geral; estabelecer um cronograma de reuniões periódicas (mensais) online com gestores e gestoras, e, se necessário for, reuniões extraordinárias intercaladas com elas.

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