GDF volta atrás sobre ameaça de fechar núcleos do programa Esporte à Meia Noite
Durante a tarde desta quinta-feira (09) o Sinpro se reuniu com vários professores que trabalham no Programa Esporte à Meia Noite para discutir a tentativa da Secretaria de Segurança Pública do DF de devolver 29 professores que atuam no programa. O projeto existe em doze cidades satélites e tem por objetivo combater, de forma preventiva, a criminalidade juvenil, por meio do desenvolvimento de ações esportivas, de qualificação profissional e de lazer. No meio da reunião o Sindicato foi informado que o governo do Distrito Federal voltou atrás sobre a ameaça de fechar alguns núcleos do programa.
Uma comissão de professores que trabalham no projeto foi escolhida para que juntamente com a Comissão de Negociação do Sinpro, se reúna com o governo com o objetivo de resolver o impasse. “É inadmissível que um programa com esta importância, que atende milhares de crianças em situação de vulnerabilidade, seja interrompido. São 16 anos de Esporte à Meia Noite e o governo não pode acabar com o projeto de forma tão abrupta. Não vamos admitir isto”, afirma o diretor do Sinpro Manoel Alves.
Entenda o caso
De acordo com o professor Antônio Carlos, na última sexta-feira (03) a secretaria enviou um e-mail informando que nesta segunda-feira (06) a pasta faria uma reunião onde seria informada a devolução dos professores que fazem parte do programa. O educador ainda revela que a Secretaria de Segurança recebeu verba federal para manter o programa até o final do ano e que o projeto será reduzido de doze para seis núcleos. “Com isto seis regiões ficarão sem o programa, que é premiado pela Unesco. Temos uma média de 60 mil atendimentos por mês e esta redução é uma total falta de cuidado com a situação da segurança dos jovens e da comunidade onde estão inseridos os núcleos do Esporte à Meia Noite”, relata.
A diretora do Sinpro Zezé Barreto informou que a Comissão de Negociação agendará uma reunião com a Secretaria de Educação para tratar da questão. “Recomendamos que ninguém assine a devolução até conversarmos com o GDF. Precisamos saber as razões que levaram o governo a uma medida autoritária e radical. Entendemos que esta medida trará prejuízos aos professores e à comunidade escolar”, salientou.