GDF se mantém intransigente e trabalhadores da limpeza urbana decidem parar

Em assembleia realizada nesta sexta-feira (29), os trabalhadores da limpeza urbana do Distrito Federal recusaram mais uma proposta insatisfatória do governo local e decidiram por unanimidade pela greve. A partir da 0h deste sábado a coleta de lixo e a varrição de rua estão suspensas.
Na última rodada de negociação, realizada nesta sexta-feira, o SLU/GDF aumentou para 8% o índice de reajuste do salário e o do tíquete alimentação. Mas a oferta está longe de atender as necessidades da categoria, que pleiteiam 30% de reajuste salarial e tíquete alimentação mensal de R$ 750.
“Mais uma vez o governo não levou o pedido da categoria a sério, fazendo novamente uma oferta abaixo da inflação (9,28%). Os trabalhadores decidiram pela greve por que sabem que esse valor está abaixo do que eles precisam e merecem”, declarou Raimundo Nonato, diretor de finanças do Sindlurb, sindicato que representa a categoria.
Nonato ainda ressalta que, desde abril, as negociações com o governo estão acontecendo. Entretanto, em todas as reuniões, o pedido de reajuste vem sendo tratado com descaso e com falta de compromisso pelo governador Rodrigo Rollemberg. “Nós do sindicato vamos lutar até o fim para que essa categoria ganhe o merecido respeito, começando por um reajuste justo”, finalizou o dirigente sindical.
A greve dos trabalhadores da limpeza urbana contam com o apoio da CUT Brasília e dos sindicatos filiados. “A classe trabalhadora é uma só e, por isso, enquanto um de nós estiver sendo desrespeitado, nossa luta unificada continuará”, afirmou o dirigente da CUT Brasília, Julimar Roberto.
Uma próxima assembleia já está marcada para segunda feira (1º/8), às 16h, em frente ao Palácio do Buriti. A expectativa é de que, até lá, o GDF faça nova proposta aos trabalhadores de limpeza urbana do DF.