GDF e patrões novamente descumprem acordo com terceirizados

Há mais de 20 dias sem receber salários e benefícios, os trabalhadores terceirizados da limpeza e conservação das escolas públicas do DF permanecem em greve. O compromisso era de que tudo seria quitado até a sexta-feira (27), porém o acordo não foi cumprido.
Na terça-feira (24), os grevistas realizaram manifestações no pátio da empresa Juiz de Fora e na Secretaria de Estado da Educação (SEE/DF), e a direção do sindicato reuniu-se com representantes do governo e das empresas para cobrar uma solução.  Na oportunidade, o GDF garantiu que o repasse seria feito em até três dias, o que não aconteceu.
Até o momento, apenas os três mil empregados da Juiz de Fora receberam o salário referente a dezembro. A empresa ainda deve o pagamento do tíquete alimentação e o 13º salário a esses profissionais. Já os trabalhadores das empresas Servegel e Real JG ainda não receberam nenhum dos benefícios atrasados. Ao todo, são mais de cinco mil empregados de braços cruzados aguardando que seus direitos sejam pagos.
A direção do Sindiserviços-DF, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no Distrito Federal, intensificou  as denúncias contra as empresas no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/DF), e, mais uma vez, exige uma solução imediata.
Assembleia Geral nesta terça-feira (31)
O Sindiserviços-DF convoca a categoria para mais uma assembleia da campanha salarial de 2017 nesta terça-feira (31). Os trabalhadores se reunirão a partir das 17h no estacionamento do Teatro Nacional. Uma nova rodada de negociação aconteceu na sexta-feira (20) e o sindicato apresentará a proposta para votação.
Durante a última assembleia, os trabalhadores rejeitaram por unanimidade o reajuste escalonado de 6,57% para quem ganha entre R$ 1.052,20 a R$ 2.000,00 e 5,62% para os salários entre R$ 2.000,01 a R$ 4.000,00. Para os vencimentos acima dos R$ 4 mil, o índice oferecido foi de 4,5% e também foi recusado.  O aumento dado ao tíquete alimentação também não recebeu aprovação dos terceirizados, este passaria de R$ 27,50 para R$ 29,00, representando um reajuste de 5,45% no benefício.
Os terceirizados reivindicam um reajuste de 15%, o aumento do piso salarial de R$ 952,22 para R$ 1.150, o tíquete alimentação de R$ 35 e a manutenção das cláusulas sociais do acordo coletivo vigente.