Fórum: educação não é mercadoria, é bem universal
O Fórum Mundial da Educação, que foi realizado nos dias 26 e 27 de janeiro de 2009, termina daqui a pouco e os seus dez mil participantes se juntarão à marcha de abertura do Fórum Social Mundial, na capital paraense, que começa às 15h desta terça-feira. De acordo com o presidente do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, há consenso entre os participantes de que é preciso concentrar esforços para concretizar os cinco pontos de luta para uma educação transformadora e inclusiva, que haviam sido aprovados ainda em Nairóbi, no Quênia.
Os cinco pontos definidos são: lutar pela universalização do direito à educação pública, como direito social e humano de aprender; difundir uma concepção emancipadora da Educação, que respeita e convive com a diferença e a semelhança, centrada na vida e na cultura da justiça e da paz; garantir o acesso à educação e o uso da riqueza socialmente produzida; promover o controle social da educação e a desmercantilização da educação; e exigir dos governos e organismos internacionais o cumprimento da prioridade que dizem dar à educação no discurso, mas que não se efetiva na prática.
“É preciso que todos possam cobrar e exigir a não mercantilização da Educação, pois ela é um bem universal e assim deve ser entendida”, afirmou Gadotti em entrevista ao Sinpro. Na opinião dele, as organizações dos 150 países que participam do Forum Mundial da Educação podem até inserir outros pontos específicos de luta, mas devem garantir o foco e não assumir compromissos e metas novas enquanto não forem alcançadas as já definidas.
Durante os dois do Forum da Educação foram realizadas centenas de palestras e oficinas, divididas em seis eixos: Educação, Desenvolvimento e Economia Solidária, Educação Cidadã e ética planetária: inclusão e diversidade; Educação, Direitos Humanos, cooperação e Cultura da Paz; Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Educação de Jovens e Adultos na Perspectiva da Educação Popular; Educação Emancipatória no Contexto da Comunicação e das Tecnologias.
As pessoas e instituições que desejarem aderir à Plataforma Mundial da Educação podem fazê-lo pelo site: www.forummundialdaeducação.org.br , onde poderão acessar o mural com propostas e alternativas concretas pela construção da educação para um outro mundo possível.