FDE une-se à greve da Educação

O Fórum Distrital de Educação (FDE), órgão colegiado instituído pela Lei de Gestão Democrática (Lei 4.751/2012), formado por representantes do Estado e por 20 instituições da sociedade civil, intransigível instrumento na defesa da educação, manifesta publicamente o seu apoio à greve dos professores, professoras, orientadores e orientadoras da rede pública de ensino do Distrito Federal.

Transcorridos oito anos da aprovação do Plano Distrital de Educação, se faz mais uma vez necessário lembrar a sua meta dezessete, que determina que os salários do magistério devem equivaler às médias dos salários das carreiras de ensino superior do Governo do Distrito Federal.

O movimento amparado constitucionalmente da greve, organizado pelo SINPRO-DF (Sindicato dos Professores e Professoras do Distrito Federal) e construído com toda sua categoria, é legítimo e conveniente.

A judicialização de uma greve reflete sobre um governo anti-democrático, que prefere impor medidas autoritárias e se negar ao diálogo com uma categoria que há oito anos não possui reajuste salarial. Reflete também sobre um governo que ignora o seu papel principal, que é de de governar. A greve das professoras e dos professores, dos orientadores e das orientadoras, tornou-se a greve da educação. Pois foi edificada com a participação de toda a comunidade escolar.

Neste ano, vivenciamos enquanto sociedade, uma série de violência contra as escolas, essa violência perpassa também pela desvalorização profissional das trabalhadoras e trabalhadores da educação.

É preciso que o Governo do Distrito Federal negocie com seus professores e suas professoras, apresentando proposta justa de recomposição salarial e de reestruturação da carreira.