Estudantes chilenos protestam contra reforma educacional

Os estudantes afirmam que apesar da iniciativa de enviar uma reforma educacional ao Congresso, este projeto não cumpre a promessa de gratuidade universal da educação, a qual o governo se comprometeu.
Para a Confech, o atual projeto de Bachelet consolida o “mercado da educação” e não garante educação pública e gratuita como um direito. A entidade critica ainda o fato de a reforma ter sido formulada sem a participação estudantil.
As manifestações tomaram as principais ruas do centro da capital, Santiago, e foram fortemente reprimidas pela polícia. Cerca de 140 estudantes foram detidos.
Educação no Chile

Desde 2011 acontecem grandes mobilizações pela educação pública e gratuita no Chile. Isso porque, o país que teve uma das piores ditaduras militares do continente ainda não conseguiu se desvencilhar do pulso firme (e sujo de sangue) de Augusto Pinochet que aplicou o neoliberalismo em sua forma mais dura.
Assim como outros setores, a Educação foi privatizada e mesmo depois de 20 anos, a população ainda paga o preço ter se tornado um laboratório para o neoliberalismo no mundo.
A educação pública raramente é gratuita, mesmo no ensino básico. É comum que até mesmo as escolas responsáveis por atender alunos mais pobres cobrem taxas periódicas. Há casos de adultos que começam a pagar a escola dos filhos sem terem terminado de pagar o financiamento da própria faculdade, anos depois.
(do Portal Vermelho)