Estudante do IFB ganha bolsa de estudos nos EUA

Apesar dos desafios enfrentados, a educação pública coleciona casos de sucesso. Esta semana,  um estudante do Instituto Federal de Brasilia foi um dos três brasileiros selecionados para estudar em um programa de engenharia aeroespacial nos Estados Unidos. Wanghley Soares, de 17, mora em Samambaia e cursa informática no IFB.

Por duas semanas, o estudante acompanhará aulas na National Flight Academy, pelo programa de Engenharia da Delta Airlines. A viagem para a cidade de Pensacola, na Flórida, está prevista para junho, e durante o período de imersão,  focará nas áreas de ciência, tecnologia e engenharia. Além disso, desenvolverá noções de matemática e aspectos da aviação, como a criação de planos de voo, manutenção de aeronaves, aerodinâmica, meteorologia e comunicação.

Wanghley está trabalhando em um protótipo para o controle automático de aeronaves, sem a necessidade do comando de pilotos. “Hoje o avião não consegue realizar decolagens e pousos de forma automática, apenas durante o voo. Por isso, pesquiso meios de controle de aterrissagem por inteligência artificial e computação”, explica.

Segundo Wanghley o segredo para o sucesso é, sem dúvidas, o estudo. Ele dedica cerca de 14 horas por dia ao aprendizado. “Pratico muito exercícios e faço simulações. Uso a computação para estudar”

Entre os critérios de seleção para estudar engenharia aeroespacial nos EUA, era necessário ser estudante do ensino médio, ex-aluno de um programa de impacto social da Junior Achievement (JA), além de ter bom desempenho acadêmico e fluência em inglês.

Wanghley conta que durante o processo seletivo escreveu uma redação em inglês sobre o que faria se eu pudesse fazer uma única pergunta ao Google. “Perguntei sobre ‘como alcançar a paz mundial’ e expliquei o porquê dessa escolha. Falei sobre os conflitos atuais e sobre o machismo presente na maior parte das sociedades”,  conta o estudante.

Na infância, aos 11 anos, Wanghley recebeu o atestado de altas habilidades e de superdotação. O laudo emitido pela rede pública de ensino do DF permitiu que ele fizesse aulas em uma escola voltada para crianças com capacidades específicas.

Com informações do G1