Entidade ilegítima cobra imposto sindical de servidores; Sinpro repudia

Mais uma vez uma entidade que se autodenomina Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), consegue, por conta de uma determinação judicial, o desconto correspondente a 5% do valor de um dia de salário, a título de “imposto sindical”, de todos os servidores públicos do DF.
Por conta dessa decisão da Justiça, no próximo contracheque dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais haverá o desconto de 5% do valor de um dia de trabalho do(a) trabalhador(a). Este montante será destinado única e exclusivamente para a CSPB.
Nesta quantia que será descontada, nenhum centavo irá para o Sinpro – legítimo representante da categoria -, para a CUT ou para a CNTE. O Sinpro entende que o(a) trabalhador(a) deve optar caso deseje ou não se associar na sua entidade classista. Portanto, a cobrança deve ser feita apenas aos que desejam tal associação.
Por isso mesmo, o Sinpro repudia esta política e só realiza o desconto dos(as) profissionais que voluntariamente desejam se filiar ao Sindicato.
Como sindicato cutista, a direção do Sinpro sempre se manifestou contrária à cobrança dessa contribuição compulsória, por entender que esse mecanismo é um resquício dos tempos em que os sindicatos eram atrelados ao Estado.
A CUT lidera uma campanha pelo fim do imposto sindical, mas infelizmente ainda não houve unidade em outros sindicatos, especialmente nas entidades “não-cutistas”.
“O imposto sindical facilita a atuação de entidades e pessoas que conseguem uma carta sindical e se dizem representantes de trabalhadores, mas que na verdade são sindicatos de cartório, que não têm qualquer representatividade” afirma Antônio Lisboa, da Executiva Nacional da CUT. No entendimento dele, categorias combativas, organizadas em seu sindicato, com grande percentual de sindicalização, como é o caso dos professores, mostram que é possível construir a luta de forma autônoma, com a contribuição voluntária e consciente do sindicalizado.