Encontro da CNTE com parlamentares estaduais debate ações articuladas para a valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação

2023 02 24 reuniao cnte parlamentares
Foto: Renato Braga

Nesta sexta-feira (24) a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se reuniu com parlamentares estaduais e ditritais para iniciar um trabalho de articulação entre as esferas locais e nacional em defesa da educação pública. O debate incluiu o fortalecimento de um projeto de valorização do piso e da carreira de todos os profissionais da educação; a revogação do novo ensino médio; o fim das escolas cívico-militares e entre outros temas da Carta de Natal e da pauta levada pela CNTE ao Ministério da Educação (MEC).

Participaram desta primeira reunião as deputadas estaduais Beatriz Cerqueira (PT/MG); Divaneide Basílio (PT/RN); Luciane Caminatti (PT/SC) e Sofia Cavedon (PT/RS). Sandra Cabral e Ludmila Moraes representaram a deputada estadual Bia de Lima (PT/GO). O presidente da CUT/DF, Rodrigo Rodrigues, o deputado estadual Professor Lemos (PT/PR) e os deputados distritais Gabriel Magno (PT/DF), Chico Vigilante (PT/DF) e Max Maciel (PSOL/DF) também estiveram presentes.

“Por termos alterado o governo federal podemos mudar a pauta. Demandas como o ensino médio de ensino integral, a valorização com a efetividade do piso salarial, o fim das escolas cívico-militares, para ficar em três pautas: se nós conseguirmos nos articular melhor nessas agendas isso vai nos fortalecer nacionalmente e na disputa nos estados”, analisa e deputada estadual Bia Cerqueira.

O presidente da CNTE, Heleno Araújo, entregou aos parlamentares a pauta da CNTE que foi levada ao Ministério da Educação, a Carta de Natal, e a Revista Mátria 2023. Araújo falou sobre a necessidade de revogar medidas que vieram do golpe, como a reforma do ensino médio, que foi imposta sem debate, por medida provisória, e a Base Nacional Comum Curricular.

A secretária geral da CNTE, Fátima Silva, destacou: “A nossa agenda com o governo federal é a retomada das políticas de 2016 que foram interrompidas pelo golpe. Não queremos dizer que a gente estava de acordo com tudo, mas o espaço de diálogo nós tínhamos. Esse governo é nosso, mas o Ministério da Educação está ruim, de exclusão, de entrega de recursos públicos para a iniciativa privada. Precisamos unir forças para mudar o rumo das políticas do MEC”.

Encaminhamentos

Os parlamentares fizeram sugestões de ações para a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública – que vai ocorrer de 24 a 28 de abril de 2023. No dia 25 de abril está previsto que os parlamentares protocolem no MEC um manifesto pela revogação do ensino médio assinado por parlamentares de todo país. Outras ações serão realizadas pelo fim das escolas cívico-militares e pela valorização do piso e carreira.

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Fonte: CNTE