Em greve, professores de creches do GDF entram com dissídio por falta de pagamento

Em greve por tempo indeterminado pelo atraso de salários, professores e orientadores educacionais de creches conveniadas ao GDF entraram com dissídio coletivo no Ministério Público do Trabalho para tentar resolver o impasse com o governo. A primeira mediação será nesta terça-feira (20), às 14h, no Ministério.
Os trabalhadores iniciaram a greve no dia 8, já que os salários e benefícios referentes ao mês de setembro ainda não foram pagos. As instituições justificam que o atraso se deve à falta de repasse das verbas pelo governo do Distrito Federal. Já o GDF culpa a mantenedora das creches.
A diretoria do Sinproep-DF, sindicato que representa a categoria, entrou em contato com subsecretário da Suplav (subsecretaria de Educação do DF) , Fábio de Sousa, para tentar resolver a situação. Porém, segundo o subsecretário, o atraso se deve a não prestação de contas por parte da empresa Cruz de Malta, mantenedora das creches. O secretario também afirmou que as verbas estão à disposição e serão repassadas quando a empresa enviar a documentação pendente.
Para exigir satisfações da mantenedora Cruz de malta, os educadores realizaram manifestação na sede da empresa nessa quinta-feira (15). Com cartazes e faixas, os educadores protestaram contra a falta de pagamento e chegaram a fechar a via em frente à entidade como forma de pressionar a entidade. Mas, de acordo com o Sinproep-DF, a Cruz de Malta não deu resposta alguma aos trabalhadores.
A paralisação atinge 200 trabalhadores empregados das creches João de Barro, Olhos D’Água e Canela de Ema. Para a presidente do Sinproep-DF, Karina Barbosa, “além de prejudicar os trabalhadores, a irresponsabilidade patronal ainda prejudica a população”. “Mais de mil crianças são atendidas diariamente nas creches enquanto os pais trabalham”, explica a dirigente sindical. Karina Barbosa ainda ressalta que os atrasos salariais são recorrentes. “Já houve outras paralisações este ano e sempre pelo mesmo motivo. A greve vai continuar até que os trabalhadores recebam seus direitos”, ressalta a dirigente.
CUT Brasília com informações do Sinproep-DF