Em greve há 28 dias trabalhadores da educação de Maceió exigem reajuste de 33,24%

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Portal CUT – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

 

Com atividades paralisadas desde o dia 11 de julho, a greve da rede municipal de educação de Maceió já é considerada uma das mais longas da história da categoria. Pauta principal, a reivindicação é de reajuste salarial de 33,24% – índice definido pelo piso nacional da educação. No entanto, o máximo que a prefeitura ofereceu até o momento é 8%.

Na tarde desta segunda-feira, uma assembleia com os trabalhadores foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Alagoas (Sinteal) para definir os rumos da greve. A categoria não aceita a proposta da prefeitura e rechaça os ataques ao movimento. Cerca de 70% dos trabalhadores estão em greve.

A proposta encaminhada pela gestão municipal foi em caráter de ultimato à categoria. No dia 4 de agosto, a prefeitura, por meio da secretaria de Educação enviou um ofício ao sindicato ordenando que os trabalhadores voltassem à ativa sob pena de multa e suspensão dos salários dos educadores.

A presidenta do Sinteal, Consuelo Correio, lamentou a atitude. “Ao invés de apresentar proposta para os trabalhadores e valorizar a educação, o prefeito JHC continua tomando medidas de punição e ataque à luta que já conta com o apoio da população”, disse a dirigente.

Como parte da agenda de mobilização, um ato foi realizado nesta terça-feira (9), em frente à Câmara dos Vereadores, denunciando a intransigência do prefeito João Henrique Caldas (PSB) e exigindo que os vereadores façam uma intermediação junto à prefeitura. Outros atos estão sendo organizados para os próximos dias, como ações nas redes e panfletagens.

Consuelo destacou ainda a força do movimento grevista. “Nós crescemos muito. A prova é que essa greve foi construída de forma democrática nas assembleias. Nós mobilizamos pais, estudantes e a sociedade. Fomos até a periferia dialogar com a comunidade, porque a educação é a única coisa que os pais deixam aos seus filhos”, afirmou Consuelo durante a assembleia desta segunda.

A proposta

A gestão manteve a última proposta apresentada: reajuste de 8% para todas/os as/os profissionais da educação, ou seja, tanto para o magistério quanto para demais servidores da educação, além da correção do salário base daqueles que recebem abaixo do salário mínimo, aumento do valor da hora aula e a instalação de uma mesa permanente de negociação para encaminhar os demais itens da pauta de reivindicações, proposta que, mais uma vez, foi rechaçada pela categoria em votação durante a assembleia.

Além do cumprimento da Lei do Piso, que estabelece reajuste de 33,24% de reajuste, a categoria ainda melhores condições de trabalho.

Fonte: CUT