Educadores refletem sobre a reforma da previdência no CNE

Orlando
“A reforma da previdência é uma necessidade imposta pelo capital financeiro, em meio a cenário de incerteza e crise. É importante a resistência, com o movimento popular e atuação no congresso”. A análise é do deputado federal Orlando Silva (PCdoB /SP), que participou da mesa de debate sobre a Reforma da Previdência, ao lado de Eneida Dultra, assessora técnica na Câmara dos Deputados, na reunião do Conselho Nacional de Entidades da CNTE, nesta quinta-feira (14), em Brasília.
Na visão do deputado, a CNTE tem papel fundamental ao bater na proposta original do governo, que atinge direito dos trabalhadores, e deve se juntar ao Fórum dos Partidos de Oposição, com as centrais sindicais, para potencializar o enfrentamento às medidas. “O governo favorece a previdência complementar e faz manobra com as bancadas no Congresso”, ressalta o parlamentar.
Em consonância com esse posicionamento, Eneida Dultra defende que a reforma é inconstitucional e fere a dignidade. Ela esclarece que a exigência de contribuição de 25 anos, em um mercado de trabalho com alta rotatividade, favorece a exclusão de acesso à aposentadoria para a maioria da população. Outros impactos estariam na diminuição da renda, na desconsideração das especificidades de aposentadorias especiais e o desfavorecimento das mulheres e daqueles que vivem da economia familiar. “O argumento de que a reforma foi feita devido ao déficit da previdência não está certo. Na verdade, antes de mexer nos direitos, é preciso rever os problemas das contas, fazer diagnóstico, analisar dívidas e isenções”, explica Eneida.
Desta forma, segundo ela, a CNTE deve continuar a manter acessa a discussão sobre o tema, nos estados, municípios e atuação junto aos parlamentares.
A pauta do dia finalizou com o lançamento da Revista Retratos da Escola,A reunião do Conselho Nacional de Entidades da CNTE segue nesta sexta-feira (15), com a análise de conjuntura e diálogo sobre a Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), no auditório do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (SinproDF).
Com informações da CNTE