Educadores brasileiros se unem ao clamor do povo peruano por eleições gerais em outubro desse ano para alcançar a paz e a estabilidade política no país

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Foto: Imagem Telesur/TV

Várias regiões do Peru estão sob estado de emergência desde dezembro de 2022, submetendo o povo peruano a uma recorrente crise política que já ceifou a vida de mais de 50 peruanas e peruanos. Em função da truculência das forças de segurança da Presidenta Dina Boluarte, eleita Vice-Presidenta nas últimas eleições gerais que levaram ao poder central do país Pedro Castilho, o programa político eleito pela maioria do povo peruano vem sendo traído e a Presidenta Boluarte resiste em atender aos clamores populares por sua renúncia.

O mundo assiste a uma crise de estabilidade política sem precedentes no Peru e, estarrecido, acompanha as ações violentas das forças de segurança do país. A atual mandatária peruana, que tem mais de 70% de reprovação na avaliação popular de seu governo em dados auferidos por pesquisas internas de opinião pública, viu no último dia 19 de janeiro enormes mobilizações populares exigindo a convocação de eleições gerais para outubro desse ano. O povo também clama pela realização de um referendo popular para que os cidadãos decidam se querem ou não uma Nova Constituição.

A grande mobilização popular que se deu no último dia 19 contou com a participação ativa dos companheiros e companheiras educadores/as do país. Professores/as e funcionários/as de escolas se uniram em marcha em meio às comemorações de aniversário dos 488 anos da capital Lima. A exigência de todo o povo peruano, assim como de todos os que comungam da solidariedade internacional em favor da paz e da justiça social, é por eleições gerais e pela convocação de um Referendo Popular sobre a Nova Constituição. Pesquisas indicam o apoio crescente a demanda por uma reforma constitucional, mesmo em frente a uma desconfiança generalizada da classe política do país, que atinge também o Parlamento.

Os protestos crescentes devem indicar ao governo do país um recuo no seu desejo de continuar com os massacres promovidos contra o seu próprio povo! Em solidariedade à luta do povo irmão do Peru, educadores/as brasileiros/as se somam a esse grito internacional por paz e estabilidade política. Pelo fim da violência de Estado promovida pelo atual governo peruano! Por novas eleições gerais e pela realização de um referendo sobre o desejo de se ter ou não uma reforma na Constituição do país! Pela paz
definitiva que o povo peruano merece, estamos todos/as unidos/as!

Brasília, 23 de janeiro de 2023
Direção Executiva da CNTE

Fonte: CNTE