Sinpro celebra o Dia Nacional da Saúde com alerta sobre doenças emocionais no Magistério
Apesar de não ter, ainda, um levantamento científico e preciso sobre o número oficial de professores(as) e orientadores(as) educacionais em adoecimento por causa do trabalho, o acompanhamento que o Sinpro faz das reclamações recebidas e das ações que o jurídico da entidade impetra em favor dos(as) sindicalizado(as) mostram que as doenças emocionais, como ansiedade, depressão, fibromialgia, dentre outras, são as que mais afligem a categoria do Magistério Público.
Em razão dessa realidade, a diretoria da entidade aproveita o Dia Nacional da Saúde, comemorado neste sábado (5/8), para alertar sobre o número de professores(as) e orientadores(as) educacionais adoecidos(as) por causa das doenças emocionais e físicas por causa do trabalho, com prevalência, dentre outras, da depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
“O número de professores e orientadores educacionais acometidos de doenças como depressão, ansiedade e síndrome do pânico é muito grande. Além de observarmos essa situação nos atendimentos que fazemos no sindicato, percebemos isso nas visitas que a gente faz às escolas, nos diálogos e atendimentos com a nossa psicóloga Luciane e com nosso jurídico, dada as várias intervenções que precisamos fazer junto à Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal, a Siapmed, na condução e na homologação dos atestados médicos e nos processos de readaptação funcional desses profissionais”, afirma Élbia Pires, coordenadora da Secretaria de Saúde do Trabalhador do Sinpro.
A diretora afirma, ainda, que este 5 de agosto marca a vitória da defesa da vida no Brasil. Ela lembra que, este ano, as comemorações do Dia Nacional da Saúde têm um toque a mais e que, além de a data relembrar o grande médico epidemiologista Oswaldo Cruz, o sindicato ressalta a alegria de ver a Saúde Pública, o combate às epidemias e pandemias, e os processos vacinais voltarem à pauta política do Brasil.
“A gente fica muito feliz e contente de ver que a Saúde Pública volta a ser valorizada em nosso País depois de um período de neofascismo, de negação das vacinas e dos processos epidemiológicos. Estamos numa retomada do controle das epidemias e dos processos vacinais e a gente espera que essa retomada reforce a consciência nacional de cuidados preventivos, ou seja, de fortalecimento também da saúde preventiva para que a gente diminua os adoecimentos de nossa sociedade”, finaliza.
Oswaldo Cruz e a importância de políticas públicas de combate às epidemias
A pandemia da covid-19 mostrou, mais uma vez, ao mundo que o combate às epidemias e pandemias é uma ação dos Estados nacionais. O Brasil, elegeu, em 2018, um governo neofascista e negacionista, foi um dos países que mais sofreram com a pandemia do novo coronavírus com milhões de óbitos que poderiam ter sido evitados se tivesse um governo democrático e popular na gestão pública.
A trágica experiência que o Brasil passou entre 2020 e 2022 por falta de política pública de combate à pandemia da covid-19 reforça a importância da luta do médico sanitarista e epidemiologista Oswaldo Cruz em defesa da vida. Não é à toa que o Dia Nacional da Saúde, criado para conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e a ter um estilo de vida mais saudável, é 5 de agosto, data em que se comemora o nascimento de Oswaldo Cruz (5 de agosto de 1872).
A ação do médico Oswaldo Cruz também mostrou ao País, ainda na primeira metade do século XX, a importância do Estado nacional e de orçamento público no setor da Saúde para prevenir doenças e defender a população de todo tipo de epidemia. Cruz foi um importante personagem na história do combate e erradicação das epidemias, como a febre amarela, a peste bubônica e a varíola no Brasil.
Oswaldo Cruz mostrou o que é saúde. Dentre várias políticas em defesa da vida e da Saúde Pública, o médico fundou, em 1900, o Instituto Soroterápico Federal, transformado, em 1908, em Instituto Oswaldo Cruz. O Dia Nacional da Saúde foi oficializado no calendário oficial brasileiro há 56 anos, por meio do Decreto de Lei nº 5.352, de 8/11/1967, do Ministério da Saúde e da Educação e Cultura.
Em matéria do seu site, o Ministério da Saúde informa que o Dia Nacional da Saúde é uma das datas em que o governo alerta para as ações que “visam a despertar valores relacionados a saúde, cuja definição vai muito além da ausência de doenças, pois está diretamente relacionada a presença de uma autêntica qualidade de vida no cotidiano da população”.
No entendimento do MS, “ser saudável depende de uma série de fatores físicos e mentais que devem fazer parte da rotina de todos, como uma boa alimentação, privilegiando alimentos frescos em detrimento de alimentos processados e ultra processados, ingestão suficiente de água, a prática de atividades físicas, lazer e descanso”.
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