Dirigentes do Sinpro participam de documentário sobre mulheres e sindicalismo

No próximo dia 31 de março, a CUT-DF (Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal) lançará o documentário “A voz é delas: histórias não contadas de mulheres sindicalistas”. A obra aborda o impacto do machismo no mundo sindical e a importância das mulheres na luta em defesa da classe trabalhadora, a partir dos depoimentos de sindicalistas do DF e do Brasil. O lançamento será no Teatro dos Bancários, às 19h. Entrada gratuita.

Mônica Caldeira, diretora do Sinpro-DF, e as ex-dirigentes do sindicato Rosilene Corrêa, Vilmara do Carmo e Rejane Pitanga, que também é ex-presidenta da CUT-DF, estão na lista das mais de 30 personagens do documentário.

Elas falam das desigualdades de gênero no meio sindical, de retaliações que passaram pelo fato de serem mulheres e da importância da rede de apoio para superar as dificuldades.

A secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Magalhães, reflete que as gravações dos vídeos de “A voz é delas” revelam ainda um outro recorte: o de raça. “Grandes sindicatos são compostos majoritariamente por mulheres brancas, enquanto as sindicalistas que atuam nas organizações municipais e rurais, em sua maioria, são negras. É um ponto a se refletir e trabalhar para inserção das mulheres negras nos espaços de poder e decisão”, afirmou a dirigente sindical, idealizadora do projeto.

Thaísa diz que “essa importante história precisa ser contada”. “As mulheres são peça fundamental na luta de classe. Somos nós que estamos à frente dos principais processos de mudança do país. O movimento do Ele Não, pela saída de Bolsonaro, e a eleição de Lula, que trouxe de volta a democracia, são um dos exemplos mais recentes. Mesmo assim, querem nos calar. Não permitiremos. A voz é nossa”, reflete a secretária de Mulheres da CUT-DF.

 

MATÉRIA EM LIBRAS