Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência

Vamos dizer não para a reforma da Previdência. Nessa sexta-feira (22), milhares de trabalhadores(as) ocuparão as ruas dos quatro cantos do país contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019 no Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência. O ato foi aprovado pelos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais durante Assembleia Geral, e durante a semana o Sinpro enviará carro de som às regiões administrativas conclamando a população a participar desta importante e necessária atividade.

A data marca a resistência dos(as) trabalhadores(as) brasileiros(as) contra o fim do direito à aposentadoria, que é o que vai acontecer se a PEC 06/2019 for aprovada pelo Congresso Nacional, onde está tramitando. Em várias cidades do Brasil haverá panfletagens, atos, manifestações e assembleias. No Distrito Federal

Sérgio Nobre, Secretário Geral da CUT, afirma que a data é um dia de alerta para que a classe trabalhadora se conscientize sobre a realidade do Brasil – de ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras – e um esquenta para uma greve geral que deve acontecer, caso Bolsonaro insista em aprovar a reforma da Previdência. “Temos um grande motivo para uma greve geral e 22 de março será um dia de alerta. A CUT e as centrais orientaram seus sindicatos, que estão dialogando com os trabalhadores sobre o que representa essa reforma. A sociedade precisa ter noção do que está acontecendo”, diz o dirigente.

Entre as principais perversidades da proposta estão a obrigatoriedade da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para mulheres, o aumento do tempo de contribuição 15 para 20 anos e o fim das condições especiais para trabalhadores rurais e professores terem direito ao benefício. A PEC da reforma da Previdência ainda traz a possiblidade de ser implantado o regime de capitalização, em que o trabalhador contribui mensalmente, em uma conta individual, administrada por financeiras privadas.

 

Manifestação Popular

O desmonte do sistema previdenciário, o fim do sonho da aposentadoria e a tentativa de Bolsonaro ‘acabar de vez’ com as leis trabalhistas, na avaliação de Sérgio Nobre, são motivos para que o trabalhador reaja é vá às ruas na sexta-feira 22, Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência. “A vida do trabalhador nunca foi fácil, mas foi sempre em momentos de dificuldade que a nossa luta conquistou e manteve direitos. E agora não pode ser diferente”, diz Sérgio, reforçando também a necessidade de pressionar parlamentares para que votem contra a proposta porque, segundo ele, é desta maneira que se sensibiliza parlamentares: “tem que dizer ‘camarada’, votei em você para melhorar a vida do povo e não para tirar direito do trabalhador”.

 

Veja os locais onde serão realizados atos no dia 22

São Paulo: Capital: ato às 17h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista

Rio Grande do Sul: Porto Alegre: ato às 18h, na Esquina Democrática

Mato Grosso do Sul: Campo Grande: paralisação com ato público às 9h na Praça do Rádio Clube. Em todo o estado a FETEMS realizou assembleias com os trabalhadores, que aprovaram greve geral no dia 22.

Ceará: Fortaleza: ato às 8h na Praça da Imprensa (bairro Dionizio Torres)

Santa Catarina: Florianópolis: ato em defesa da Previdência, às 17h, no Ticen.

Acre: Rio branco: ato e panfletagem às 8h, em frente à sede do governo do estado (Palácio Rio Branco).