Dia do Professor: uma data de comemoração, mas também de luta

É em meio às crises e aos problemas que uma categoria se une e conquista a vitória. Este tem sido o histórico dos(as) professores(as) da rede pública de ensino do Distrito Federal, que nesse dia 15 de outubro tem muito que comemorar, mas, também, muito que lutar.
Comemorar pelo cumprimento de seu papel, crucial e fundamental para o futuro de uma nação, uma vez que o(a) professor(a) carrega, dentro e fora da escola, fatores que se refletem em toda a sociedade. Como agente ativo na formação de um(a) cidadão(ã), é responsável pela educação, pela instrução e pela formação do caráter do(a) estudante, motivando seus(as) alunos(as), desde o primeiro contato, ao conhecimento e a uma vida melhor, mais justa e mais promissora.
Associando a isso, sempre foi papel do(a) professor(a) lutar por nossos direitos, que em tempos de crise tem sido desrespeitados cada vez mais. Sob a batuta de uma gestão neoliberal, a educação pública e os demais setores do serviço público do Distrito Federal têm sido regidos segundo as diretrizes do choque de gestão: redução de direitos públicos e sociais, aumento de deveres (tarifas, taxas e alíquotas) e privatização dos serviços públicos. No cenário nacional a realidade é ainda pior: ampliação de uma política de retirada de direitos trabalhistas e mecanismos que relegam a importância do professor dentro de sala de aula, exemplo de projetos como o do “Escola sem Partido”.
Dentre todas as frases escritas por Paulo Freire, o educador se aproximou muito da nossa realidade quando disse que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
Vivemos em um contexto carregado de ódio, de intolerância, de desrespeito à democracia e aos direitos conquistados pela classe trabalhadora. É por meio da educação que poderemos mudar tudo isso. E já mostramos que somos capazes. No decorrer da história mostramos que, juntos, somos capazes de vencer desafios e conquistar nossas vitórias, e agora é o momento de estarmos cada vez mais unidos.
Além de mantermos a disposição e a garra pelo respeito à nossa pauta de reivindicações, temos pela frente a escolha de um projeto político para os próximos quatro anos. A escolha do próximo presidente da República não representa apenas o nome que nos representará, mas, também, qual futuro nós queremos para nossos filhos e para nossos estudantes. Se um Brasil carregado de ódio, de intolerância, de preconceito e pautado pelo ultra radicalismo, ou se um país regido pela valorização do trabalhador, por uma onda progressista e pelo respeito aos conceitos democráticos, que nas últimas décadas nos deram avanços e direito à livre expressão.
O dia 15 de outubro é uma data de luta pela valorização de professores(as) e de funcionários(as) da educação, de luta em defesa de uma escola democrática e de qualidade, e por políticas focadas nas reais e urgentes necessidades do ensino público. É em um cenário político de desmonte da educação pública, com forte viés privatista, de desprofissionalização do magistério e de desvalorização dos(as) trabalhadores(as) que devemos estar unidos por um bem maior: um país onde a ordem e o progresso sejam a tônica de um governo humano, progressista e democrático.
A diretoria colegiada do Sinpro parabeniza cada professor e professora pelo Dia do Professor, e enaltece a importância desse(a) profissional(a) no futuro de uma nação.