Dia de Mobilização Nacional da Educação leva profissionais às ruas nesta quarta (16)

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Foto: Edmilson Barbosa/CUT Bahia.

Nesta quarta-feira (16), educadores do Brasil inteiro estão nas ruas para lutar pela valorização da categoria e pelo cumprimento do piso do magistério 2022 nas redes de ensino municipais e estaduais.

O dia de Mobilização Nacional da Educação foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, a participação social é fundamental no processo de conquistas. “Foi com esse diálogo que nós conquistamos o FUNDEB em 2007 para financiar toda a educação básica e valorizar os profissionais da educação. Vale lembrar que estamos sempre no processo de disputa, que nos levou a conquistar um piso salarial para o magistério público em 2008”, lembra.

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Para o ano de 2022, o piso é de R$ 3.845,73, ou seja, nenhum estado pode pagar abaixo desse valor. De acordo com Heleno Araújo, é importante ressaltar que a lei do piso foi a conquista de um processo de diálogo com o Governo Federal e o Ministério da Educação, à época com o presidente Lula, que, segundo o presidente da CNTE, sempre se manteve disponível para atender as demandas sociais da população brasileira e da categoria profissional.

“No ano passado, tentaram, por diversas vezes, reduzir o índice de reajuste do piso. Não conseguiram graças a nossa mobilização. Este ano tentaram reduzir novamente, mesmo sem a lei ter sido aprovada – conseguimos barrar. Agora a batalha é fazer valer a lei em todos os municípios, em todos os estados. É importante manter a defesa da carreira. Porque, como sempre defendemos na CNTE, piso e carreira andam juntos”, concluiu.

A luta desta quarta-feira reforça a mobilização pelo pagamento do piso, mas tem outras reivindicações, como a regulamentação do piso salarial dos profissionais da educação, a valorização dos planos de carreira, as contratações por concurso público e contra a terceirização na educação. A revogação do “Novo Ensino Médio” também está na pauta do dia, juntamente com a luta contra a militarização escolar, o homeschooling (educação domiciliar) e a lei da mordaça (Escola sem Partido).

Fonte: CNTE