Dia 16 Brasília vai dizer “não ao golpe”

As tentativas do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seus aliados da direita de soterrar a democracia a qualquer custo estão sendo embarreiradas pela ampla mobilização do povo brasileiro. No próximo dia 16, quarta-feira, mais uma ação dirá claramente “Não ao golpe” no Distrito Federal e em outros estados do Brasil. Aqui em Brasília, a concentração para o grande Ato em Defesa da Democracia será às 16h, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha.
A ação é convocada pela CUT e por diversos movimentos populares e outras centrais sindicais. Para as entidades, o atual cenário nacional de ataques do conservadorismo e pedido de impeachment da presidente Dilma exige que a população se mobilize para que se defenda a democracia, a vontade popular expressa nas urnas, se exija Fora Cunha e não haja retrocessos sociais, políticos e econômicos, afetando os direitos e interesses da classe trabalhadora.
Mesmo sem qualquer fato ou decisão da presidenta Dilma Rousseff que configure crime de responsabilidade, no dia 2 de dezembro, Eduardo Cunha acatou pedido de abertura de impeachment contra a presidenta. Curiosamente, a decisão do parlamentar foi tomada poucas horas depois de o PT afirmar que não acobertaria Cunha no processo de cassação no qual é alvo no Conselho de Ética da Câmara. Cunha foi pego por não declarar suas contas milionárias no exterior e mentir em depoimento à CPI da Petrobras em março.
“Além do jogo político escuso e de interesse próprio, por trás do pedido de impeachment de Dilma Rousseff está a vontade da direita, derrotada nas urnas, de voltar ao poder por atalhos golpistas. Incomoda ver a ascensão dos trabalhadores e das trabalhadores. Para os megaempresários, banqueiros, ruralistas, oportunistas religiosos, representados em peso na Câmara dos Deputados e no Senado, a classe trabalhadora tem que ser sempre explorada, subjugada; o povo tem que ser oprimido, para dar lucro à elite. Democracia é uma palavra fora do dicionário de Eduardo Cunha e cia. O negócio deles é ganhar no tapetão. E isso nós não vamos permitir. Vamos às ruas dizer não ao golpe!”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
Segundo as organizações que promovem as ações do dia 16, além de exigir a garantia da democracia, as manifestações também pleiteiam a retomada de uma política econômica que recupere e avance nas conquistas sociais, promova o desenvolvimento, a distribuição de renda, a geração de emprego e a inclusão social.
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