Deputada do DF que defende terrorismo apoia projetos contra educação pública
O The Intercept publicou nesta quinta-feira (12) matéria com os nomes dos parlamentares que se apresentaram favoráveis aos atos terroristas do último domingo (8/1) ou defenderam que os golpistas sigam sem punição. Na lista de 46 deputados federais, está a deputada Bia Kicis (PL-DF).
O levantamento mostra que a fiel aliada de Jair Bolsonaro é a única parlamentar do DF a se manifestar abertamente em favor dos atos que destruíram o Congresso Nacional, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto. A ação chocou o Brasil e o mundo, e resultou na intervenção federal da área de Segurança do DF, na prisão de mais de mil pessoas, no afastamento do governador Ibaneis Rocha e no mandado de prisão do secretário de Segurança do DF exonerado, Anderson Torres, ex-ministro da Segurança de Bolsonaro.
Essa não é a única defesa de Bia Kicis que ataca o povo brasileiro. Na área da educação pública, ela é defensora de projetos que prejudicam frontalmente estudantes e trabalhadores do setor, o que, na ponta, prejudica toda a sociedade. A regulamentação do homeschooling é um desse projetos. Pela proposta, é permitida a oferta da educação básica em casa, gerando queda na qualidade do aprendizado e a redução de investimentos públicos em infraestrutura e em contratação de pessoas nas escolas.
Bia Kicis também defende a militarização das escolas e o PL 5595/2020, que usa o argumento de educação como atividade essencial para impedir a suspensão de aulas presenciais em quaisquer contextos de pandemia, emergência ou calamidade. Ao fim e ao cabo, o que o projeto almeja é o fim do direito de greve.
Quando o recorte é a classe trabalhadora, a deputada Bia Kicis também se apresenta como defensora da reforma administrativa e da reforma da Previdência. Ambas as propostas foram carro-chefe do projeto político de Bolsonaro e trouxeram danos irreparáveis à população brasileira.
“A gente precisa prestar muita atenção em quem está conosco e quem está contra nós. Infelizmente, Bia Kicis foi reeleita no DF, e continua um trabalho contra a educação e contra o povo brasileiro na Câmara. Isso mostra a necessidade de intensificarmos nossa luta popular, de discutirmos política em todos os espaços, em defendermos a educação pública como ferramenta de construção de uma sociedade crítica. Nós, educadores e educadoras, temos papel essencial para a consolidação da democracia”, afirma a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio.
Segundo o levantamento do The Intercept, dos 46 deputados pró-terrorismo, 33 são do PL (partido de Bolsonaro), 5 são do PP e 2 do MDB. Avante, Novo, Podemos, PSDB, Republicanos e União Brasil têm 1 parlamentar cada.