CUT Brasília repudia decreto facista de Rollemberg contra grevistas

Na onda de golpe contra a classe trabalhadora que o Brasil vem sofrendo, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), impôs medidas radicais aos servidores e servidoras do funcionalismo local que utilizarem o direito constitucional de greve. Nessa quinta-feira (6/10), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o decreto 37.692/16, que pode ser resumido em um conjunto de medidas que punem gravemente os grevistas.
Pelo decreto, os grevistas terão desconto salarial, deverão responder a procedimento administrativo-disciplinar e estarão sujeitos à “aplicação de penalidades, sem prejuízo das de natureza civil e penal”.
O decreto, de cunho facista, mostra a incompetência do governador do DF, que ao invés de realizar o diálogo com os trabalhadores do funcionalismo local e promover a solução dos problemas, ataca o efeito, que resulta de sua própria má gestão.
As ações de Rollemberg – ou a falta delas – resultaram em uma série de adjetivos direcionados ao governador. Entre eles, caloteiro, por não cumprir acordos e leis negociados com os servidores públicos, e mentiroso, por não cumprir com as promessas com as categorias da segurança pública. Além disso, Rollemberg também leva o título de golpista, já que foi fiel apoiador do golpe parlamentar dado por Michel Temer e aliados.
A CUT Brasília e os sindicatos filiados repudiam, veementemente, o decreto anti-greve do governador Rodrigo Rollemberg e afirma que medidas nefastas como essa não intimidarão a justa luta por reivindicações. A Central ainda afirma que punições não devem ser direcionadas a quem exerce o direito à greve, mas àqueles que descumprem a lei, implementando um verdadeiro caos no serviço público e, consequentemente, na vida da sociedade.