CUT Brasília lança a Agenda Positiva da Classe Trabalhadora
Com um auditório lotado, na presença massiva de lideranças sindicais e integrantes da base, a CUT Brasília lançou, nesta terça-feira (30), a Agenda Positiva da Classe Trabalhadora, em homenagem ao Dia do Trabalhador. Após a apresentação de um vídeo com imagens históricas da luta dos trabalhadores e dos sindicatos filiados, o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, enfatizou os rumos da Central. “Assumimos a direção da CUT Brasília com o projeto ‘Todo Poder aos Sindicatos’, baseado nos princípios de autonomia, independência, solidariedade de classe e busca do socialismo; com compromisso com a base, indo aos locais de trabalho”. Rodrigo lembrou que “amanhã teremos eventos festivos; depois, vamos lutar para avançar nas conquistas da classe trabalhadora”.
Membro da Executiva Nacional da CUT, Antonio Lisboa lembrou as diversas manifestações e momentos marcantes da história de luta dos trabalhadores, e falou sobre as perspectivas para este ano. “Esse calendário de atividades proposto pela CUT Brasília é uma iniciativa pioneira, audaciosa. Nós, do DF, temos como mobilizar os trabalhadores e fazer com que a CUT cresça”. Lisboa falou das ameaças da terceirização nas atividades-fim, o que propiciará a criação de empresas de cartório, “só para ganhar dinheiro e, pior, tirando a responsabilidade do tomador do serviço”. O dirigente enfatizou que “temos uma enorme agenda a ser tratada em Brasília, tanto em nível local como federal”.
Representando os trabalhadores do setor público, o secretário geral da CUT Brasília, André Luiz da Conceição, disse que a união dos trabalhadores é muito forte e que a CUT Brasília catalisa isso para fazer o enfrentamento, em diversas esferas, para termos um país diferente. “Nossa missão é grande, a conjuntura está complicada, mas não vamos ficar omissos”.
Para falar em nome dos trabalhadores do setor privado, a presidenta do Sindiserviços/DF, Maria Isabel Caetano dos Reis, explicou as dificuldades do setor e agradeceu a união dos sindicatos quando das lutas. “Temos mais união agora; não estamos sozinhos na luta”.
Maísa Soares da Silva Rodrigues, presidente do Sindserco, representou os trabalhadores municipais. Segundo ela, “a luta, a realidade dos municipais é bem difícil; temos que quebrar barreiras e preconceitos para avançar. Os governos locais não nos veem como trabalhadores que merecem respeito e valorização. Com a CUT Brasília, houve uma mudança, participamos realmente da Central e podemos contar com ela para fazer os enfrentamentos necessários com as diversas prefeituras”.
Pelos trabalhadores rurais falou Orlando Furini Vincenci, da secretaria de Organização da CUT e agricultor familiar. Em tom de provocação, ele perguntou: O que a CUT pensa dos sindicatos que ficam bem distantes? E o que esses sindicatos pensam da CUT? “A resposta está na estrada, indo até lá, não importando qual sindicato e nem onde fica. É isso que a CUT Brasília está fazendo e é um exemplo a ser seguido”.
Mais – A Agenda Positiva da Classe Trabalhadora trata-se de uma série de atividades que serão realizadas pelos 80 sindicatos filiados à CUT Brasília, combinadas com Plenárias da Central Única dos Trabalhadores e seus sindicatos filiados nos municípios goianos da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do DF e Entorno (Ride), num inédito e rico espaço de aproximação, envolvimento e participação coletiva dos dirigentes sindicais. Além das plenárias, até o dia 1º de junho serão realizados atos e atividades nas Regiões Administrativas do DF.
A Agenda Positiva e esse processo de consulta às bases culminarão com a Assembleia Geral da Classe Trabalhadora no dia 5 de junho. Nesta data o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras do DF e Entorno se reunirão em massa em Brasília para reforçar a Plataforma de Lutas da CUT, com as principais reivindicações dos trabalhadores urbanos e do campo, do setor público e privado, além de consolidar a solidariedade de classe em prol dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Com informações da CUT-DF