Congresso do Povo avança no Distrito Federal

O Congresso do Povo é uma iniciativa de movimentos populares que tem como objetivo discutir com a população brasileira um novo projeto de país, a partir de encontros municipais, estaduais e, futuramente, um grande encontro nacional. No último sábado (14), foi a vez de Brasília sediar um encontro para debater essa mobilização.
O encontro de mobilizadores – militantes cuja missão é viabilizar os atos políticos do Congresso do Povo– deu continuidade ao processo iniciado com o seminário de formadores, realizado em abril, e que teve como objetivo selecionar militantes responsáveis por comunicar as pautas defendidas pelos movimentos à sociedade.
Na atividade, a juventude relatou atividades já realizadas em São Sebastião, Sobradinho, Planaltina e Estrutural, e planejaram as iniciativas para a formação dos comitês para o próximo período.
A primeira etapa envolverá a organização de encontros do Congresso do Povo nas cidades, no mês de agosto, quando a população discutirá problemas locais e propostas de solução, e a segunda etapa, a distrital, está prevista para setembro. A fase nacional acontecerá no ano que vem.
“Quanto mais etapas a gente fizer, melhor, principalmente em cidades como Samambaia e Ceilândia, que são grandes”, afirma Tobias Pereira, da equipe organizadora do Congresso do Povo. Segundo ele, a proposta do Congresso do Povo tem dois objetivos centrais: em curto prazo, o de criar unidade na esquerda e, em longo prazo, o de retomar a cultura de organização popular, criando espaços que façam com que as pessoas acreditem na construção de outra sociedade.
“Se no curto prazo conseguirmos unificar os olhares, no longo prazo será possível retomar a cultura de organização para transformar o Brasil de forma mais profunda e radical”, prevê.
Eleições
“Além de vivermos um período de ruptura democrática e de muitas perdas para a classe trabalhadora promovidas pelo Executivo brasileiro, esse Congresso Nacional é o mais conservador desde 1964. Então, em 2018, esse debate é fundamental. A partir dos debates dos comitês nas cidades, tiraremos projetos mínimos que pautarão um programa popular para comprometer candidatos”, completa Pereira.
Representantes de entidades como Levante Popular da Juventude, Central dos Movimentos Populares (CMP), Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Movimento por uma Ceilândia Melhor (Mopocem) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento de Pequeno Agricultores (MPA) apresentaram, durante a reunião, agendas e propostas de atuação para o processo de mobilização das etapas nas cidades.
Ao final do encontro, foram formados grupos, divididos por região de atuação, para planejar as atividades conjuntas.
Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que participou do encontro, o Congresso do Povo é o “movimento mais inquieto, transformador e plural” ocorrendo no DF. A parlamentar destacou que o processo que vem sendo articulado é uma oportunidade de participação política cidadã.
“O Congresso do Povo tem ido às cidades para fazer a discussão, para aprofundar a organização popular, para aprofundar os espaços de fala de uma população tão silenciada”, salienta.
“Queremos fazer um grande Congresso para que possamos dar voz ao povo e construirmos um projeto político para este país, que diga que nós, se somos filhos da Casa Grande e Senzala, somos também filhos de Zumbi dos Palmares, de Dandara, Margarida Alves e Chico Mendes. Respirar organização e participação popular”, resumiu.
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