Começa a greve dos professores: escolas amanhecem fechadas

Escolas públicas amanhecem com portões fechados e com cartazes avisando sobre o início e os motivos do movimento paredista

Os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal suspenderam as aulas, aderiram à greve e as escolas do DF amanheceram fechadas e com cartazes de greve afixados. Um ato público na Esplanada dos Ministérios, realizado na manhã nesta quarta-feira (15), deu início à greve por tempo indeterminado.
Nesta quinta-feira (16), o Sinpro-DF irá realizar assembleias regionais para eleição dos comandos de greve. Confira ao final desta matéria a agenda das assembleias regionais, com indicação do local em que serão realizadas, e o calendário de mobilização.
Em Brasília, o primeiro dia de greve dos/as professores/as e orientadores/as educacionais foi marcado por uma manifestação na Esplanada dos Ministérios. A categoria participou do ato público, em conjunto com outras classe de trabalhadores.
Entre as atividades que ocorreram durante a manifestação, o Sinpro-DF realizou um ato simbólico: o enterro da aposentadoria, com um caixão de seis metros e centenas de cruzes fixadas no gramado em frente ao Congresso Nacional.
MOVIMENTO NACIONAL
O magistério vai à luta em todo o país e o movimento dos/as professores/as do DF se soma ao dos outros estados, que também deflagraram greve geral por tempo indeterminado contra a reforma da Previdência.
Além da pauta nacional, os/as professores/as do DF entraram em greve também porque chegaram ao fim de 2016 com perdas salariais imensas acumuladas e um governo de portas fechadas.
Sem negociar com a categoria, sucessivos atrasos nos pagamentos e sem cumprir nenhuma lei distrital que regula a relação trabalhista entre o DF e o funcionalismo, o Governo do Distrito Federal (GDF) empurrou a categoria para a greve.
O magistério público do DF acumula perdas desde setembro de 2015. E desde novembro de 2016 o Sinpro-DF realiza uma contagem regressiva prevista. A greve seria iniciada no dia 13 de fevereiro deste ano. Nesse dia, a categoria deflagrou, porém, optou por iniciá-la nesta quarta-feira (15), para alinhar com a luta nacional do magistério contra a reforma da Previdência
Os/as professores/as e orientadores/as educacionais do DF acusam o GDF de descumprimento de várias leis distritais e de provocar sucessivos prejuízos salariais, sucateamento das escolas e aviltamento das condições de trabalho. “O GDF não apresenta nada de concreto à comissão de negociação e não encaminha nossa Pauta de Reivindicações”, avisa a diretoria colegiada do Sinpro-DF.
Também não cumpre a Meta 17 do Plano Distrital de Educação, o PDE; não paga a tabela de setembro de 2015 do Plano de Carreira, não ajusta o tíquete alimentação; atrasa, insistentemente, o pagamento do 13º salário. A categoria também reivindica a isonomia com as carreiras de nível superior do DF, conforme estabelece a Meta 17 do PDE.
A comissão de negociação tem discutido com o GDF os parâmetros para elaboração do cálculo da média salarial, mas o governo não cumpre a legislação. A Lei do PDE estabelece, na Meta 17, que os professores devem receber, no mínimo, a média das categorias de nível superior do DF.
Confira, a seguir, as atividades, a hora e os locais em que vão acontecer:

Calendário de Mobilização
Confira:
16/3:
Manhã – Assembleias regionais para eleição do comando de greve
Tarde – 15h – Audiência pública sobre reforma da Previdência
Noite – reunião do comando de greve
17/3 – Agenda do comando de greve
18/3 – Ação nas rádios comunitárias e carros de som nas feiras livres
19/3 – IV Caminhada, Corrida & Passeio Ciclístico
20/3:
Manhã – Piquete
Tarde – Audiência pública na Câmara Legislativa do DF sobre as Meta 17 e 20, isonomia salarial e aumento de investimentos
21/3 – Assembleia geral, às 9h, na Praça do Buriti
 
Confira imagens: