CNTE desmascara homeschooling e chama para luta no Senado

Em nota publicada nesta quinta-feira (19/5), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação apontou as graves consequências de uma possível implementação da educação domiciliar no Brasil. No documento, a CNTE convoca educadores e educadoras de todo país a se somarem à luta para barrar a aprovação da proposta no Senado Federal.

“Reiteramos o chamamento à luta contra a aprovação da educação domiciliar, agora no Senado, devendo o país se voltar para aquilo que verdadeiramente interessa à grande maioria da população, que tem vivido em carestia, muito, inclusive, pelo desamparo governamental durante a pandemia: é preciso investir na promoção da educação escolar pública, gratuita, laica, desmilitarizada e de qualidade social para todos e todas”, destaca a nota.

Na nota, a CNTE afirma que “o homeschooling é mais uma batalha num setor onde continua imperando a falta de políticas efetivas para enfrentar os reais problemas da educação brasileira”.

Entre as graves consequências da transformação do homeschooling em lei, a Confederação aponta a redução de “investimentos públicos em infraestrutura e em contratação de pessoal nas escolas e em outras áreas de proteção da infância e da juventude no Brasil”, indo ao encontro de projetos de “caráter privatista e de esvaziamento das políticas públicas”.

A CNTE ainda destaca que a educação domiciliar tem potencial para reduzir números de escolas e profissionais de educação. “Na mesma linha do que pretende a reforma do Ensino Médio, teremos menos escolas, menos profissionais da educação, menos condições para a aprendizagem de qualidade e menos perspectiva de futuro promissor, sobretudo para aqueles que já dispõem de tão pouco para enfrentar as desigualdades sociais que assolam o país desde a sua descoberta”, traz a nota.

O projeto de lei do homeschooling foi aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (18/5). Com essa característica, a tramitação do PL não passou por debate em nenhuma comissão.

Clique aqui e leia a íntegra da nota da CNTE 

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