CNTE defende Federación Colombiana de Educadores (Fecode) na Embaixada da Colômbia, em Brasília

Nessa terça-feira, 4/8, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, e a secretária de relações internacionais da entidade, Fátima Silva, foram recebidos pelo primeiro secretário Luis Ricardo Fernandez Restrepo, na Embaixada da Colômbia, em Brasília. Durante a audiência, a primeira agenda de Leão como vice-presidente mundial da Internacional da Educação (IE) pela América Latina, eleito durante o 7º Congresso Mundial da IE, em julho, no Canadá, o presidente da CNTE apresentou o cenário preocupante dos educadores colombianos e destacou o rompimento de diversos acordos firmados pelo governo com a Federación Colombiana de Educadores (Fecode), decisivos para valorizar os profissionais da educação colombianos e, consequente, para elevar a qualidade do ensino público naquele país.
A reunião foi um dos compromissos firmados durante o evento da IE, o maior congresso de educadores sindicalistas do mundo, que reuniu cerca de 1700 pessoas de 170 países. As entidades nacionais ficaram responsáveis por encaminhar um documento às embaixadas da Colômbia em cada país, pedindo que intercedam em defesa dos educadores.
“Somos companheiros e lutamos para ter um continente pacificado, construindo um projeto pedagógico alternativo, que tenha em suas bases nossa cultura, historia e tradição”, defende o presidente da CNTE.
Segundo os diretores da CNTE, além de retroceder o importante processo de negociação iniciado em maio, o Ministério da Educação passou a apresentar propostas que contradizem os acordos firmados em âmbito da Comissão Paritária de Trabalho, sobretudo no que diz respeito à avaliação dos docentes, comprometendo, inclusive, o atendimento à saúde dos profissionais da educação e de seus familiares, situação que dá mais força ao movimento de mobilização permanente da categoria, com possibilidade de greve nacional nos próximos dias.
A secretária da CNTE Fátima Silva, vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), destacou que na época da negociação, após a greve, a Fecode teve uma avaliação muito positiva.
“Essa negociação foi o fruto do processo da greve. Quando voltamos lá, em julho, vimos um cenário diferente, um cenário de incerteza no processo de paz. Para eles, sem o cumprimento do acordo fica uma situação insustentável”.
Diante da frustração para os educadores colombianos, Roberto Leão solicitou a implementação rigorosa do que havia sido combinado, respeitando-se os prazos e o teor de cada uma das políticas definidas. “Para nós, é muito importante que aquilo que é acordado com as entidades sindicais seja colocado em prática”.
O representante da Colômbia afirmou que a educação é prioridade e que passará esta preocupação para o governo, a fim de chegar a um acordo de paz.
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