CNTE cria Coletivo Nacional de Saúde

No segundo dia do Seminário Nacional de Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores em Educação, a CNTE estabeleceu o Coletivo Nacional da Saúde através da deliberação e votação dos presentes, com o intuito de acompanhar a questão de forma mais efetiva no cotidiano dos trabalhadores. Além disso, o Coletivo irá atuar em conjunto com a secretaria de saúde da CNTE no sentido de cobrar do Ministério da Educação a definição de políticas nacionais que tratem da prevenção da saúde da categoria.

Os sindicatos que indicaram membros para o Coletivo foram: FETEMS, SINTEP/MT, SINTEGO, SNDIPEM, SINTE/PI, APLB/BA, APEOC/CE, SINTEAL/AL, SINDIUPES/ES, SINTEPE/PE, SINTESE/SE, SINTERO/RO, SINPROSSEMA/MA, SINPRO/DF, APP/PR e SISPEC/Camaçari-BA.

No encerramento do Seminário, os sindicatos apresentaram o trabalho que desenvolvem na área da saúde em suas regiões, trocando experiências e práticas. Segundo a Secretária da Saúde da CNTE, Antonieta Trindade, uma importante questão discutida foi a necessidade dos trabalhadores se submeterem a exames médicos periódicos, para que seja possível o acompanhamento e a reversão do quadro atual de precarização do trabalho que afeta diretamente a saúde do trabalhador.

“O professor e o servidor só são avaliados na perícia, no momento de ingresso no cargo. Depois disso, eles não têm mais nenhuma avaliação médica. Nós queremos estabelecer diálogo com o Ministério da Educação para que possamos desenvolver novas políticas públicas de saúde e projetos de lei. Uma delas é que o trabalhador em educação tenha acompanhamento médico periódico em função das condições específicas que enfrenta, num trabalho de prevenção”, explica Antonieta.

Outros temas abordados no seminário foram a redução gradativa da carga horária em função do tempo de serviço e a inclusão do tema “saúde e educação” na formação inicial e continuada do professor.

Publicado em sexta, 30 Agosto