Cine CUT Brasília prossegue na Ceilândia nesta segunda (4)

Na última quarta (28), a CUT Brasília realizou mais uma edição do Cine CUT, em parceria com o Aurora do Oprimido e outros coletivos culturais e sociais. O evento aconteceu no Cio das Artes, na Ceilândia e contou com a presença de mais de uma centena de pessoas.
Para Rodrigo Brito, presidente da CUT Brasília, a iniciativa é um dos objetivos da Central. “A promoção da cultura, a mobilização social e a integração comunitária são componentes essenciais para a ‘reconstrução’ da democracia. Além de contrapormos ao golpe, precisamos, enquanto entidade sindical, oferecer elementos suficientes para que a sociedade compreenda o processo democrático e deseje vivenciá-lo verdadeiramente”, explicou o dirigente.
A continuação do projeto
A aceitação foi tão boa e a mobilização tão significativa que justificaram a continuidade do projeto e nesse mês de julho, quatro exibições já estão confirmadas. Meia hora antes de cada sessão, haverá apresentação do filme por convidados.
 
Dia 4 (segunda), 20h.
Zuzu Angel (2006)
Direção de Sérgio Rezende
O filme conta a história de Zuzu Angel, uma estilista que perde seu filho para a ditadura militar. O drama verídico acontece na década de 60 e conta toda sua trajetória para identificar os culpados e recuperar o corpo do jovem.
 
Dia 12 (terça), 20h.
Cabra marcado para morrer (1984),
Direção de Eduardo Coutinho
Uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962. Em razão do golpe militar, as filmagens foram interrompidas dois anos após sua morte, mas, retomadas 17 anos depois, com base nos depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também da viúva de João Pedro, Elizabeth Altino Teixeira.
 
Dia 19 (terça), 20h
Terra e Liberdade (1995)
Direção de George Orwell.
É uma co-produção da Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália, baseado no romance Homageto Catalonia (no Brasil, Lutando na Espanha) ou Homenagem à Catalunha (título em Portugal). O longa venceu o prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Cannes. Tendo como pano de fundo a Revolução Espanhola, conta a história de uma jovem que encontra entre os pertences do avô falecido, um ex-revolucionário que lutou contra o fascismo, algumas cartas, recortes de jornais e um punhado de terra embrulhado num lenço.
 
Dia 26 (terça), 20h
Panteras Negras (1995)    
Direção de Mario Van Peebles
O Partido dos Panteras Negras foi uma organização política extra parlamentar socialista revolucionária norte-americana que patrulhava os guetos negros para proteger seus residentes dos atos de brutalidade da polícia. Posteriormente, os Panteras Negras tornaram-se um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros de pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada “América Branca”, a libertação de todos os negros da cadeia e o pagamento de indenizações aos negros por “séculos de exploração branca”. A ala mais radical do movimento defendia a luta armada. O Partido dos Panteras Negras de Autodefesa dava almoço grátis para as crianças, educava a comunidade afro-americana para se conscientizar dos seus direitos, fazia o que podia para tirar das ruas os traficantes de drogas e enfrentava a polícia de Oakland (que é extremamente racista) quando desrespeitava os direitos civis dos negros. Logo brancos conservadores começam se sentir incomodados e planejam se livrar desta “ameaça”, mesmo que tenham de desrespeitar a lei.