CEMAB realiza culminância da Mostra Africanidades e Povos Originários
O Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab) de Taguatinga Sul realizou, nos dias 11, 13, 19 e 21 de novembro, a culminância da edição 2024 do projeto Africanidades e Povos Originários. A mostra faz parte do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola há alguns anos, tendo sempre o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, como data de culminância. O tema deste ano foi “Raízes e ressonâncias: celebrando culturas e histórias conectadas”. Clique no link no final desta matéria e confira o álbum de fotografias no Facebook do Sinpro-DF.
“Na semana passada, nossa escola realizou a Mostra de Africanidades e Povos Originários, um evento que celebrou a riqueza cultural e histórica das culturas africanas e indígenas e suas profundas influências na formação da sociedade brasileira. A atividade foi um marco na promoção da diversidade e do respeito, envolvendo a comunidade escolar em apresentações artísticas, exposições interativas e debates”, afirma Ingrid Duarte, professora de física e supervisora pedagógica da escola.
Ela conta que os(as) estudantes se destacaram pela criatividade e dedicação, trazendo reflexões sobre identidade, ancestralidade e o combate ao preconceito. Professores(as) e colaboradores(as) contribuíram com projetos inovadores e oficinas dinâmicas, tornando a experiência enriquecedora para todos os participantes. “O evento evidenciou a importância de práticas pedagógicas inclusivas e multiculturais, reafirmando o papel da escola como espaço de valorização das diferentes identidades que compõem nosso País”, disse.
O projeto é uma atividade acadêmica com o propósito de pôr em curso a temática das africanidades, segundo o que determina a Lei nº 10.639/2003, e a dos povos originários, conforme recomenda a Lei nº 11.645/2008. Ambas as leis tornaram obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio do País. Antônio Ahmad, professor de história do Cemab e participante como coordenador da Turma do 2º MA, diz que, com o projeto Africanidades e Povos Originários, a escola aplica em todas as turmas as duas leis e os trabalhos envolvem os temas da afrodescendência e dos povos originários que permeiam toda a sociedade brasileira.
“A pegada pedagógica do projeto é justamente trabalhar as leis, as africanidades, a educação antirracista, relações humanas, as questões afrodescendentes, o respeito e o não ao preconceito sobre todas as formas, principalmente, ligada às questões afro e indígenas, restabelecendo as relações humanas e sociais”, explica o professor.
O Africanidades e Povos Originários é realizado todo ano e faz parte do Projeto Político-Pedagógico da escola. Como é feito todo ano, ele é desenvolvido nas salas de aula. Cada uma das 56 turmas, sendo 28 vespertinas e, 28, matutinas, aborda uma temática ligada às africanidades e dos povos originários. Em todas as atividades, há participação de todos(as) os(as) estudantes, professores(as) orientadores(as) e professores(as) avaliadores(as) e da direção da escola. Parte da nota é dada pelos(as) professores(as) orientadores(as) e, parte, pelos(as) professores(as) avaliadores(as).
O projeto é interdisciplinar e transversal, que vale um ponto na nota do turno matutino e, dois pontos, no turno vespertino, para todas as disciplinas no quarto bimestre. “Ele conta com uma ampla interdisciplinaridade do conteúdo, do trabalho feito, cuja culminância é a exposição na sala de aula”, conta Ahmad. Ele informa que “a participação de toda a escola movimenta o projeto. Todos(as) dos(as) professores(as) orientadores(as) e avaliadores(as) também participam, além de todos(as) os(as) estudantes, demais professores(as), que visitam os estandes e valorizam as apresentações”.
As apresentações ocorrem depois de os(as) estudantes realizarem, durante 30 dias, a preparação da mostra. Esse conteúdo é produzido sob a orientação dos(as) professores(as) com a abordagem dos temas. Na opinião do professor Ahmad, esse projeto é positivo porque, uma das qualidades, é reunir estudantes, professores(as) e toda escola em torno de um tema vibrante e necessário que são as africanidades e os povos originários.
“Além disso, ele vale nota para todas as disciplinas tanto no vespertino como no matutino. São 28 turmas de manhã e, 28, à tarde. Há um ganho pedagógico, há uma valorização e há uma discussão do tema com relação aos alunos, que passam a enxergar o projeto como uma questão importante da data, do Dia da Consciência Negra, o dia 20 de novembro, ou seja estabelecer a conexão do projeto enquanto trabalho e que tem perspectivas para ir melhorando. Cada ano criando novidades, inovações. Tudo isso é importante dentro dessa característica.
Histórico
A mostra Africanidades e Povos Indígenas faz parte do PPP da escola há alguns anos. No início, ele aborda estritamente o 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, mas foi tomando corpo e acabou se tornando uma mostra cultural envolvendo a temática de africanidades. Nos últimos anos, segundo o professor Ahmad, ela vem sendo aplicada com essa relação desse projeto transversal que estrutura explicitamente essa proposta pedagógica envolvendo o tema da africanidades.
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