CEM Paulo Freire recebe a exposição Invisibilizados, de Marco Mota

A exposição Invisibilizados, com registros do fotógrafo brasiliense Marco Mota, com uma abordagem racial, étnica e social, reúne 21 fotografias autorais, tratadas em vários processos de sobreposição de imagens, colagens e intervenções digitais. A entrada é gratuita e ficará aberta ao público de 27 de novembro a 12 de dezembro de 8h às 18h no CEM Paulo Freire (610 Norte). A abertura será na segunda-feira (27), às 17h30.

A exposição celebra o Dia Mundial da Fotografia e resgata temas importantes que fazem parte da sociedade e que são negligenciados, como a questão da negritude, a indígena e dos candangos da construção de Brasília.

O curador Luis Guilherme M. Baptista, explica a importância da exposição.”Sempre é fundamental. Temos que trabalhar a memória, o registro, o reconhecimento dos atores da história. Sem isso, a gente vai ser sempre um país caduco, uma sociedade que não tem memória e está fadada a repetir diversas vezes os mesmos erros, preconceitos, estereótipos”.

A mostra começou na Sede do Sinpro (no SIG) e agora vai para o CEM Paulo Freire. Para Luis Guilherme, “é fundamental levar para a escola. Nossos alunos estão precisando ir ao cinema, teatro, exposições, porque quanto mais o aluno desde pequeno, vê coisas diferentes, olha a diversidade, a arte, a cultura, mais ele se encanta, mais ele aprende a ser um cidadão melhor, com um olhar maior do mundo. E já que as vezes eles não podem ir, a gente leva até eles”.

Sobre a curadoria, ele diz que “foi uma aventura realizar isso com o professor Marco. Foi um prazer enorme montar essa exposição para que o Marco tenha a visibilidade do seu trabalho, da sua obra, para que ele não fique sem a chance de mostrar o seu trabalho, que é digno de estar nas melhores salas e galerias do país”.

A exposição conta com três blocos. “O primeiro, ‘Belas Pretas’, conta com fotografias históricas de mulheres sem nome, invisibilizadas, escravas, do final do século XIX; nós temos fotos históricas, todas de domínio público, de arquivos públicos, da construção de Brasília; e temos fotos que o Marco tirou também de sociedades indígenas. Em cima desses temas que são fundamentais, ele coloca a arte dele. Sobrepõe imagens, sobrepõe fotografias, às vezes muitas fotografias na mesma fotografia e esse trabalho aumenta a dimensão sobre a proposta de falar sobre esses temas, dá luz, cor, cara, som, voz, para essas pessoas que nunca são lembradas, muito pouco lembradas ou lembradas de forma errônea. Então dá grandeza a este trabalho, pois é uma técnica muito apurada”.

Serão realizadas visitas a escolas públicas do DF que serão definidas posteriormente para a apresentação do trabalho. O fotógrafo Marco Mota participará destas visitas e explicará aos alunos(as) os processos de criação e produção das obras.

Já as escolas que queiram levar suas turmas para visitar a exposição (e posteriormente trabalhar com os estudantes os temas abordados) devem agendar a visita ao CEM Paulo Freire.

Marco Mota nasceu em Brasília, é formado em história e educação física. Atua como professor há mais de 18 anos. E a fotografia sempre esteve presente com cursos e ensaios. Suas referências são Elliott Erwitt, fotógrafo documental francês e Paulo Klee, pintor francês.

 

Invisibilizados, exposição fotográfica

Local: Biblioteca Castro Alves do CEM Paulo Freire (L2 Norte – SGAN 610, Módulo A, Asa Norte)

Abertura: 27 de novembro (segunda-feira) às 17h30

Data: de 27/11 a 12/12/2023

Horário de funcionamento: 8h às 18h

 

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