Categoria pressiona GDF pela nomeação imediata de professores e orientadores educacionais

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Na manhã desta sexta-feira, professores(as) e pedagogos(as)-orientadores(as) educacionais realizaram um ato na Praça do Buriti. A reivindicação é antiga, graças ao imobilismo do GDF: nomeação imediata dos profissionais aprovados nos últimos concursos.

Fruto de muita luta do Sinpro, cerca de 80% dos professores(as) aprovados no concurso de dezembro de 2013 já foram chamados. Mas já passou da hora da realização de um novo concurso, pois algumas disciplinas já não tem professor(a) no cadastro de reserva. Caso um novo concurso não seja realizado até novembro, o ano de 2016 será de crise pela grande falta de professores(as).

Os(as) pedagogos(as)-orientadores(as) educacionais ficaram há alguns anos sem concurso e desde então vários se aposentaram. O Governo do DF diz que fará uma nova homologação dos resultados. “É uma tática para ganhar tempo, para nos enrolar. Hoje temos uma carência de mais de 500 pedagogos(as)-orientadores(as) educacionais na rede. Queremos a contratação imediata para que possamos alcançar o número previsto no Plano de Carreira, que são 1200 profissionais. Algumas escolas nem possuem orientador(a). Nas outras, os(as) pedagogos(as)-orientadores(as) educacionais ficam sobrecarregados e adoecem”, afirma Meg Guimarães, diretora do Sinpro. O Sindicato espalhou cartazes nas escolas alertando a comunidade sobre este problema (veja abaixo).

Um exemplo desta discrepância é a de Francisca Teles, conhecida como Francis. Ela é pedagoga-orientadora educacional no CEF 507 de Samambaia. “Na escola são 1200 alunos e sou a única orientadora. Sem contar que é uma comunidade com alto risco de vulnerabilidade social. Eu faço o que posso, mas a demanda é enorme, há uma grande carência no atendimento aos alunos, de trabalhar a parte emocional e amenizar essa carência. Essa é realidade em várias escolas do DF”, lamenta.

E a cada dia, o problema se agrava. De janeiro até o dia 3 de julho, ocorreram 731 aposentadorias e o GDF tenta driblar a situação com os(as) professores(as) temporários(as), o que só posterga o problema.

“O Governo do DF precisa nomear os(as) pedagogos(as)-orientadores(as) educacionais o mais rápido possível. São profissionais muito valiosos, que prestam grande contribuição para o trabalho pedagógico nas escolas. Enquanto isso, todos perdem”, diz Francisco Alves (Chicão), diretor do Sinpro.

Dalila Lopes é uma pedagoga-orientadora educacional aprovada no concurso de 2014. Ela está apreensiva. “Ficamos aguardando uma posição do Governo. O concurso já foi homologado. Alguns aprovados entraram na Justiça, mas isso não impede que nós possamos ser chamados. Falta boa vontade por parte do GDF”, aponta.

Opinião semelhante de Wandell Saulo da Silva, professor aprovado no último concurso e que aguarda nomeação. “Sinto-me desvalorizado. Enquanto essa espera não termina, muitos colegas estão desempregados”, desabafa.

Cléber Soares, diretor do Sinpro, aponta que o GDF não pode justificar toda essa demora em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal. “O argumento da LRF não é válido. Desconhecem a lei que abre exceção para contratações nas áreas da saúde e educação. Essa é a política do governo atual. O prejuízo pedagógico que está nas escolas pala falta de profissionais pode se tornar irreversível se o governador não tiver atitude de respeitar a educação na prática, não apenas no discurso”.

Aguarde mais informações.

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Fotos: ECOM e Deva Garcia / Sinpro
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