Caso Carlos Mota: Justiça realiza primeira audiência

O professor Carlos Mota foi assassinado na madrugada do dia 20 de junho de 2008. Quatro meses depois, no dia 25 de outubro, foi feita a primeira audiência de instrução do processo judicial que busca esclarecer as ações dos quatro suspeitos: Gilson Oliveira, de 31 anos, Carlos Lima do Nascimento, 22 anos, Benedito Alexandro do Nascimento, 20 anos, e Alessandro José de Sousa, 19 anos. Dos acusados, apenas Gilson nega ter tido participação no crime. A audiência ouviu nove das 22 testemunhas do caso, sendo que sete foram dispensadas de prestar depoimento. Os trabalhos devem prosseguir no dia 31 de outubro, quando serão ouvidas as testemunhas restantes e os próprios acusados.

A polícia acredita que Carlos Mota foi morto por atrapalhar os negócios dos traficantes ao redor da sua escola. Três dias antes do assassinato, Carlos esteve em cada uma das salas pedindo aos alunos que denunciassem à polícia qualquer atitude estranha envolvendo ameaças ou drogas, e em outras ocasiões o professor pediu policiamento extra para sua escola.

Durante a primeira audiência do caso, a promotoria buscava mostrar a ligação entre Gilson e o tráfico de drogas na região. Para isso, chamou como testemunha Joalisson Pires Faria, um rapaz de 17 anos que estudava na mesma escola onde Carlos Mota lecionava. Joalisson afirmou ter visto Gilson utilizando cocaína, mas deu depoimentos contraditórios sobre o fato de Gilson ser ou não um traficante. Pressionado pela defesa, Joalisson admitiu que jamais havia visto Gilson vendendo drogas, mas que desconfiava que o mesmo fosse um traficante porque sempre andava com uma grande quantia de dinheiro.

A relação entre os dois é complexa, pois Joalisson devia dinheiro a Gilson, que foi à escola diversas vezes para ameaçar Joalisson e cobrar a dívida, causando atrito com um dos monitores da escola, Paulo Roberto. Na noite imediatamente anterior ao assassinato, Gilson esteve na escola para esclarecer rumores de estaria ameaçando Paulo, em uma reunião que terminou amigavelmente, segundo testemunhas.

Ainda não está clara a ligação entre os acusados. Alessandro conhecia todos os suspeitos, mas Gilson apenas tinha contato com Alessandro. Baseada nesse fato, a defesa de Gilson buscou negar que ele teria contato com os outros. Essa versão foi negada por Geisiane Durães Bessa, filha do dono do Bar do Seu Miguel, onde ela afirma que os acusados se reuniram antes do crime. Ela não ouviu o conteúdo da conversa, mas garante que os quatro acusados estiveram juntos.

Na falta de testemunhas diretas do assassinato, tanto defesa quanto promotoria buscavam criar um perfil psicológico dos acusados. Rosilene Xavier de Souza, ex-namorada de Gilson, disse que ele “gostava de beber e arrumar confusão, guardava muita raiva das pessoas” e que “tinha fama na comunidade como uma pessoa drogada e bandida”. Mas Rosilene também disse que ele era uma pessoa trabalhadora, e que se dedicava à construção das sete às dezoito horas. Sobre os outros réus, foi dito que Alessandro era uma pessoa tranquila, mas que gostava de matar aulas, que Carlos Lima aparentemente tinha abandonado a escola e tinha fama de usuário de drogas, e que Benedito Alexandre teve a sua renovação de matrícula rejeitada por excesso de faltas.

O acompanhamento do caso deve prosseguir nesse dia 31, quando serão ouvidos os próprios acusados e as testemunhas restantes.
Caso Carlos Mota: Justiça realiza primeira audiência

O professor Carlos Mota foi assassinado na madrugada do dia 20 de junho de 2008. Quatro meses depois, no dia 25 de outubro, foi feita a primeira audiência de instrução do processo judicial que busca esclarecer as ações dos quatro suspeitos: Gilson Oliveira, de 31 anos, Carlos Lima do Nascimento, 22 anos, Benedito Alexandro do Nascimento, 20 anos, e Alessandro José de Sousa, 19 anos. Dos acusados, apenas Gilson nega ter tido participação no crime. A audiência ouviu nove das 22 testemunhas do caso, sendo que sete foram dispensadas de prestar depoimento. Os trabalhos devem prosseguir no dia 31 de outubro, quando serão ouvidas as testemunhas restantes e os próprios acusados.

A polícia acredita que Carlos Mota foi morto por atrapalhar os negócios dos traficantes ao redor da sua escola. Três dias antes do assassinato, Carlos esteve em cada uma das salas pedindo aos alunos que denunciassem à polícia qualquer atitude estranha envolvendo ameaças ou drogas, e em outras ocasiões o professor pediu policiamento extra para sua escola.

Durante a primeira audiência do caso, a promotoria buscava mostrar a ligação entre Gilson e o tráfico de drogas na região. Para isso, chamou como testemunha Joalisson Pires Faria, um rapaz de 17 anos que estudava na mesma escola onde Carlos Mota lecionava. Joalisson afirmou ter visto Gilson utilizando cocaína, mas deu depoimentos contraditórios sobre o fato de Gilson ser ou não um traficante. Pressionado pela defesa, Joalisson admitiu que jamais havia visto Gilson vendendo drogas, mas que desconfiava que o mesmo fosse um traficante porque sempre andava com uma grande quantia de dinheiro.

A relação entre os dois é complexa, pois Joalisson devia dinheiro a Gilson, que foi à escola diversas vezes para ameaçar Joalisson e cobrar a dívida, causando atrito com um dos monitores da escola, Paulo Roberto. Na noite imediatamente anterior ao assassinato, Gilson esteve na escola para esclarecer rumores de estaria ameaçando Paulo, em uma reunião que terminou amigavelmente, segundo testemunhas.

Ainda não está clara a ligação entre os acusados. Alessandro conhecia todos os suspeitos, mas Gilson apenas tinha contato com Alessandro. Baseada nesse fato, a defesa de Gilson buscou negar que ele teria contato com os outros. Essa versão foi negada por Geisiane Durães Bessa, filha do dono do Bar do Seu Miguel, onde ela afirma que os acusados se reuniram antes do crime. Ela não ouviu o conteúdo da conversa, mas garante que os quatro acusados estiveram juntos.

Na falta de testemunhas diretas do assassinato, tanto defesa quanto promotoria buscavam criar um perfil psicológico dos acusados. Rosilene Xavier de Souza, ex-namorada de Gilson, disse que ele “gostava de beber e arrumar confusão, guardava muita raiva das pessoas” e que “tinha fama na comunidade como uma pessoa drogada e bandida”. Mas Rosilene também disse que ele era uma pessoa trabalhadora, e que se dedicava à construção das sete às dezoito horas. Sobre os outros réus, foi dito que Alessandro era uma pessoa tranquila, mas que gostava de matar aulas, que Carlos Lima aparentemente tinha abandonado a escola e tinha fama de usuário de drogas, e que Benedito Alexandre teve a sua renovação de matrícula rejeitada por excesso de faltas.

O acompanhamento do caso deve prosseguir nesse dia 31, quando serão ouvidos os próprios acusados e as testemunhas restantes.