Campanha do Sinpro exige retorno presencial só com a D2

Desde o início da pandemia da covid-19, o Sinpro-DF tem como pauta prioritária a defesa da vida. Essa pauta se mantém viva e forte, e por isso o Sindicato lança nesta quarta-feira (15/9) a campanha “Minha vida também vale muito”.

A campanha responde à determinação unilateral do Governo do Distrito Federal de colocar presencialmente em sala de aula professores(as) e orientadores(as) educacionais que ainda não se imunizaram completamente contra o vírus que já tirou a vida de quase 600 mil pessoas em todo Brasil, mais de 10 mil delas só no DF.

Para pressionar o GDF a rever a postura negligente, a campanha “Minha vida também vale muito” consiste em publicar nas redes sociais do Sinpro-DF fotos de servidores(as) do magistério publico com cartazes escritos com o nome da campanha. As publicações marcarão o governador Ibaneis Rocha (MDB), o GDF, a Secretaria de Educação e a secretária da pasta, Hélvia Paranaguá.

“O êxito da campanha depende da participação de cada um e de cada uma, principalmente dos que ainda não estão completamente imunizados contra a covid-19. Entretanto, todos podem e devem fazer parte dessa luta. Pensamos em uma ação prática e que impactasse. Vamos mostrar para o governo que não aceitaremos a banalização da vida e a tentativa de normalização de um cenário que ainda gera medo e insegurança”, afirma a coordenadora da pasta de Comunicação do Sinpro-DF, Letícia Montandon.

Veja como é fácil participar:

 

Lutar sempre
A determinação do retorno presencial de servidores(as) do magistério público sem a imunização completa contra o vírus mais temido do século foi oficializada pela circular nº 7, publicada no último dia 8 de setembro. Sem qualquer diálogo com a Comissão de Negociação do Sinpro-DF, a decisão unilateral atropelou acordo firmado entre o governo e o Sinpro-DF, construído em negociação oficial.

O acordo firmado pela Comissão de Negociação garantia o retorno presencial às salas de aula apenas de trabalhadores(as) em educação que já tivessem tomado a segunda dose das vacinas que atingem seu potencial de imunização com a D2, depois de 15 dias dessa dose, ou após 15 dias da aplicação do imunizante da Janssen, que é de dose única. A garantia está assegurada na circular nº 4, publicada no último dia 31 de julho.

Assim que publicada a nova circular da SEEDF, o Sinpro-DF iniciou a tentativa de diálogo com o governo, mas sem nenhum resultado positivo. Diante do ataque à vida de parte da categoria e do tratamento desigual para este conjunto de trabalhadores (as), o Sindicato não teve outra opção a não ser acionar a Justiça para que a arbitrariedade irresponsável fosse barrada.

Nessa terça-feira (14/9), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em resposta à ação do Sinpro-DF, deu o prazo de cinco dias para que o GDF preste sobre a determinação do retorno presencial de professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública que não estão completamente imunizados ou, por algum motivo, não se vacinaram.