Calendrag 2024 será lançado no dia 22 de novembro
O Museu Nacional será palco do sétimo Calendrag, no próximo dia 22 de novembro, às 19 horas. O primeiro calendário com o intuito de vir à tona à arte drag tornando-a atuante em questões políticas e sociais foi o do ano de 2018, poucos meses após o surgimento do coletivo Distrito Drag, associação civil que é quem idealizou e faz toda a produção.
“Um dos maiores objetivos é dar visibilidade à arte transformista como um todo, inclusive para debater questões não somente do campo cultural e artístico, mas também social e político. Por isso que nós tivemos em todas as nossas edições representantes da comunidade LGBTQIA+ como um todo que não necessariamente utilizam da arte drag, da arte transformista. Damos voz e visibilidade para todos os artistas que complementam a nossa comunidade, como também homens e mulheres trans”, diz Victor Baliane, coordenador artístico do Distrito Drag.
Cada mês do ano vem com uma foto. Toda a escolha das artistas, do figurino, dos fotógrafos, tudo é debatido pelo coletivo. “A produção do calendário é por etapas. Nos reunimos, discutimos o que já foi feito,e o que nós podemos levar para a comunidade como uma discussão não só cultural, mas social e política também. Pensamos em como essas fotos vão chegar nas pessoas. Nós discutimos o tema das fotos e depois disso, nós selecionamos as artistas, até hoje nenhuma se repetiu. Então idealizamos o figurino de cada foto, selecionamos os fotógrafos, os figurinistas, desenvolvemos os looks, realizamos as fotos e a pós-produção”, conta Victor.
A expectativa é grande para o próximo dia 22, pois “o evento de lançamento é o mais esperado, porque é muito lindo, ninguém ainda viu as fotos, que só nós publicizamos no dia mesmo do evento, então está todo mundo ansioso e é sempre uma grande emoção. Cada mês que é revelado do calendrag, nós chamamos no palco a artista que está estampando o mês, o fotógrafo, quem produziu o figurino… Sempre é o momento de celebração. E teremos atrações locais, artistas transformistas que vão fazer shows (Carrie Myers, Ginger Mc.Gaffney, Licorice Impéria, Linda Brondi), relata o coordenador.
De acordo com Victor, projetos como calendrag são vitais para a cena. “Graças aos projetos que nos envolvemos que nós mantemos a sede e colocamos cada vez mais artistas LGBTQIA+ para trabalhar, produzir, ganhar dinheiro e para levar a nossa cultura para sociedade de modo geral”.