Bancários pressionam patrões e garantem nova negociação para esta sexta (9)

Com a intensa participação dos bancários no primeiro dia da greve nacional, que iniciou nessa terça-feira (6), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) convocou o Comando Nacional de Greve para uma nova rodada de negociação que será realizada nesta sexta-feira (9), a partir das 11h, em São Paulo.
Até agora, os bancos apresentaram uma proposta insuficiente de reajuste salarial de apenas 6,5%. Para os dirigentes do comando nacional, a proposta sequer repõe a inflação do período. Além disso, houve a proposta de um abono salarial que não passa de um instrumento de compensação de perdas que os bancos querem impor à categoria. Ao todo já foram cinco rodadas de negociações.
Entre as principais reivindicações dos bancários estão a reposição da inflação do período de 9,57% com 5% de ganho real; valorização do piso salarial; combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim da terceirização; mais segurança; melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
“A nossa mobilização foi fundamental, pois levou os banqueiros a chamarem uma nova rodada de negociação. Agora é esperar uma proposta da Fenaban que contemple a categoria. Lembrando que, somente a luta e unidade dos trabalhadores garantirá os avanços das nossas reivindicações”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília (Seeb-DF), Eduardo Araújo.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o movimento paredista é considerado o maior da história da categoria, com adesão de 17,7% dos trabalhadores em bancos do setor público e privado.
Segundo dados da Contraf-CUT já são 7.359 agências, centros administrativos, centrais de atendimento e serviços de atendimento ao cliente com atividades paralisadas em todo país. Em Brasília, cerca de 70% das agências pararam, além de adesão nos prédios do Banco do Brasil, da Caixa e do BRB.