Aulas presenciais suspensas – Urgência de planejamento e vacinação permanece

Após o agravamento da Covid-19 em todo o país e da insistência do Sinpro em retornar as aulas presenciais apenas após a vacinação de todos(as), o Governo do Distrito Federal (GDF) adiou o retorno na rede pública de ensino de forma presencial previsto para o dia 8 de março. Isto é resultado da pressão feita pela categoria e pelo sindicato, além da situação alarmante da Covid-19 em todo o país. 

Para o início do ano letivo, onde estudantes e professores(as) possam estar presentes nas salas de aula, ainda é preciso muito. Até o momento, a Secretaria de Educação (SEE) não apresentou um planejamento para o retorno presencial, que passa por pontos como o melhor investimento na estrutura da escola; no envio de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para as unidades escolares; no trabalho pedagógico para esta nova situação que vivemos, preparando tanto os(as) profissionais da educação quanto os(as) estudantes. E para a retomada das aulas de forma remota a partir do dia 8 de março, ainda é necessário que a SEE apresente um cuidadoso planejamento para recuperar as dificuldades do ensino remoto e investimento tanto para garantir o acesso ao ensino remoto por parte dos estudantes como para o trabalho pedagógico dos professores.  

Além de tudo isto, relatos sobre a falta de condições físicas das unidades escolares que vão desde a ausência de pias e água potável para lavar as mãos e equipamentos de proteção insuficientes, até problemas com a compra de insumos para a produção de merenda escolar precisam ser corrigidos pelo governo. Em um período onde a higienização e a limpeza precisam ser uma constante na vida de cada um, esta realidade não pode ser tratada como normal.

Soma-se ainda o fato de muitas escolas precisarem de reformas, outras aguardam a construção das unidades definitivas, fato que, infelizmente, está longe do aceitável. A secretaria só terá noção da nossa realidade e das providências que devem ser tomadas se ouvir as partes envolvidas, ou seja, a categoria, o sindicato e a comunidade escolar. É preciso construir tudo isto em conjunto.

 

Carta ao governador

Em função do agravamento da Covid-19 no Distrito Federal e nos outros estados da federação, alguns deles em situação crítica, a diretoria do Sinpro encaminhou, na tarde da última quinta-feira (25), uma carta aberta ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, enfatizando a preocupação do sindicato com o retorno das aulas presenciais marcado para o dia 8 de março, conforme anunciado pelo GDF. A carta foi publicada no jornal Correio Braziliense dessa sexta-feira (26) e partiu de uma proposta apresentada pelo Sinpro na última reunião dos(as) gestores(as), onde todos(as).

A carta, juntamente com a insistência do Sinpro e da categoria, foi importante para que o governo anunciasse o adiamento da volta às aulas presenciais. Defendemos e queremos voltar, mas no momento certo e com vacina para todos(as).

O fato de aglomerar professores(as), estudantes e servidores(as) nas escolas em um momento em que o número de mortos e contaminados, infelizmente, tem crescido no Brasil, e na capital federal não é diferente, mostra que voltar agora é totalmente irresponsável e desumano.

Desde o início da pandemia, há exato um ano, o sindicato se mostrou preocupado com a vida da comunidade escolar, da categoria e com a população em geral. Fato é que neste período uma das principais pautas que tratamos com o GDF foi o de priorizar a vida e lutar pela vacina. Foi diante disto que criamos a campanha #Vacinaparatodosjá.

Apesar da saudade dos(as) alunos e da comunidade escolar, nestes doze meses superamos várias adversidades. Reinventamos nosso fazer e o vínculo escola/família, superamos várias dificuldades no levar o aprendizado aos(às) estudantes de forma virtual e durante todo esse período desafiador para toda comunidade escolar, esperamos ansiosos(as) pela vacina e por um retorno seguro.

Continuaremos lutando diariamente pela vacinação de todos e todas, pois somente assim teremos plena segurança em voltar à vida normal. Nossa luta é por uma educação pública de qualidade e pela vida!

Clique aqui e confira a carta publicada no Correio Braziliense.

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