Aula inaugural do Curso de Libras reforça compromisso do Sinpro com inclusão social

A formação continuada é elemento essencial para a profissionalização de educadores(as) e para a promoção da inclusão no ambiente escolar. Nesse sentido, o Sinpro realizou a aula inaugural do Curso de Libras – nível intermediário nessa terça-feira (26/8).

A qualificação faz parte do III Curso de Formação Continuada do Sinpro e tem o objetivo de formar profissionais do magistério — efetivos(as) ou em regime de contrato temporário, da ativa ou aposentadas(os) —, possibilitando desenvolvimento de habilidades comunicativas essenciais no dia a dia da sala de aula.

“Essa formação é importante também para que o direito à educação dos estudantes seja garantido. A formação continuada precisa ser um pilar básico e primordial para educação pública de qualidade, e o Sinpro tem esse compromisso de construir esses espaços, na concepção de educação que seja emancipadora e inclusiva”, disse a diretora do Sinpro Ana Bonina.

 

Diretora do Sinpro Ana Bonina e professora Olga Cristina, durante aula inaugural do curso de Libras-nível intermediário. Foto: Deva Garcia

 

Inclusão para além da sala de aula

Segundo a professora Olga Cristina de Freitas, responsável pela condução das aulas, os cursos são pensados para o contexto escolar, buscando a inclusão de estudantes surdos ou com outras características não verbais, mas que se comunicam por Libras.

Entretanto, os participantes da formação continuada aprenderão também sobre a cultura da comunidade surda e os contextos em que a língua é estruturada.

“A expectativa é que esse profissional, mesmo que não lide com estudantes surdos, consiga estabelecer uma comunicação onde quer que encontrem uma pessoa surda. Isso é inclusão social. Esse viés da inclusão social por meio da Libras sempre esteve presente nas pautas do Sinpro, e, com os cursos de formação continuada, estamos materizalizando isso”, disse.

Para ela, quando se pensa em inclusão na sala de aula, é necessário refletir para além da própria deficiência. É fundamental analisar as barreiras que o ambiente impõe ao estudante e propor ações para garantir que o direito à educação de qualidade em equidade com os demais pares.

“A educação, pela própria natureza, é uma dimensão da vida, que é inclusiva. Então, quanto mais nós, profissionais da educação, pudermos oferecer acessibilidades e desenvolvermos estratégias para que todos estudantes e profissionais se sintam incluídos naquele espaço, é importante que se faça”, afirmou Olga.

O curso

As aulas serão ministradas de agosto a novembro, via plataforma Moodle, com encontros síncronos e presenciais, sempre às quartas-feiras, às 19h.

Com material teórico para estudos e atividades avaliativas e ferramenta digital de tradução Libras/Português/Libras, o curso abrangerá temas relacionados aos aspectos históricos e socioantropológicos da Libras e da cultura surda.

A formação também abordará a importância da acessibilidade linguística, os aspectos linguísticos, gramaticais e sintáticos da Libras, o vocabulário básico e sua utilização no contexto escolar, bem como noções de tradução e interpretação.

Veja o cronograma abaixo.

 

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Edição Vanessa Galassi