Atenção para golpes contra professores!

Reportagem do DFTV, da Rede Globo (acesse abaixo), aborda os golpes digitais que criminosos vêm aplicando em professores(as) e orientadores(as) educacionais.

As tentativas de extorsão são variadas. Geralmente, os criminosos fazem contato por telefone ou whatsapp, se apresentam como funcionários do Sinpro ou do escritório de advocacia que presta serviço para o sindicato. Forjam documentos com logo e fotos para enganar a vítima.

A última modalidade de golpe se aproveita dos precatórios que os(as) educadores(as) têm por receber, e solicitam pagamento para liberar o valor. Por isso, mais uma vez, o sindicato reafirma e alerta: o Sinpro não solicita nenhum tipo de transferência de valores! Se o professor(a) ou orientador(a) educacional receber qualquer chamada em nome do Sinpro solicitando dinheiro por pix, transferência ou depósito, é golpe! Não caia!

Ao identificar a farsa, ligue, imediatamente, para um dos números do Sinpro-DF disponíveis no site da entidade. A diretoria colegiada do Sinpro já denunciou várias vezes a situação à Polícia Civil do Distrito Federal e continua atenta para que não haja nenhum tipo de prejuízo às(aos) filiadas(os).

Veja abaixo as diferentes modalidades de golpe:

Golpe 1

Em uma nova artimanha para tentar lesar professores(as) e orientadores(as) educacionais, criminosos tem ligado para a casa de educadores(as) informando que foi liberado o alvará de precatório para pagamento. Em seguida, dizem que a vítima tem mais de R$ 100 mil para receber, pedem para ligar no número 99639-2111 e solicitam depósito de um valor na conta: NEXT 237 – AG: 3728 – CONTA 609240-3 (Anderson Fabio de Oliveira – CPF: 031.729.793-77). É importante ficar atento porque toda a conversa é feita em aplicativo com a logo do sindicato.

Golpe 2

Para o furto via telefone, usam vários nomes. Atualmente, o nome “Cláudia Maria Rodrigues” que utiliza o telefone fixo 3181-0041 e, o celular/WhatsApp, 96519820 é um dos denunciados pela categoria. O Sinpro-DF informa que o nome “Cláudia Maria Rodrigues”, utilizado pela quadrilha, pertence a uma advogada que também está sendo duramente prejudicada pelo bando. Ela avisou ao sindicato que já denunciou o caso à polícia e tem Boletim de Ocorrência para comprovar o uso indevido do nome dela. O outro nome usado é “Leonardo Mota” (Núcleo Bancário), com o telefone 31810285. Um terceiro nome identificado é “Dr. Marcelo Ricardo” e o número de telefone 998497364.

O golpista identificado como “Dr. Marcelo Ricardo” usa a seguinte referência para enganar e furtar dinheiro e outras informações dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais: “Dr. Marcelo Ricardo – 998497364. Tribunal de Justiça do DF e Territórios, contatos: 31810041 e 9 9601-1693. Na mensagem, o golpista dr. Marcelo Ricardo também informa que a pessoa deve ligar para o Tribunal e falar com o Núcleo de Precatório com dra. Cláudia Maria Rodrigues. Protocolo de liberação de precatório 06142117112021”.

Golpe 3

Para extorquir dinheiro das vítimas, a pessoa que realiza a chamada se passa por diretor, ex-diretor ou funcionário da Secretaria de Assuntos Jurídicos, Trabalhistas e Socioeconômicos do Sinpro-DF. Segundo denúncias realizadas ao sindicato, em alguns casos, o golpista se apresenta como Dr. Daniel ou Dr. Dimas, e chega a utilizar em sua foto de perfil de WhatsApp a logomarca do Sinpro-DF. Em seguida, o farsante solicita depósito em conta bancária vinculada a uma suposta pessoa com nome de Priscila.

Golpe 4

O novo golpe envolve transferência por PIX, ocorreu, na sexta-feira (27/8), com uma professora da rede pública de ensino e denunciado pela primeira vez agora. A professora, que não identificamos para preservar sua identidade, conta como a quadrilha age para furtar o seu dinheiro. 

Ela relatou ao Sinpro-DF que descobriu o novo golpe da pior forma possível. E conta que recebeu uma ligação no telefone fixo da casa dela. “Uma mulher, que se identificou com o nome Patrícia e como funcionária da área de segurança do BRB, queria saber se eu estava tentando fazer transferência por PIX no valor de R$ 2.800,00. Eu respondi que não. Ela então me orientou a ligar para o número RBR 3322-1515, o qual, realmente, é do BRB, mandou digitar a opção 9 para denunciar essa tentativa de fraude e me forneceu um número de protocolo”, conta a professora.

Ela fez a ligação e quem a atendeu foi uma funcionária de nome Tainá Albuquerque, que disse à professora o número do CPF, a data de nascimento, nome da mãe dela tudo corretamente e pediu  a ela para confirmar. Após coletados esses dados, a tal funcionária disse que precisava que a professora entrasse no aplicativo do BRB  em seu celular para  baixar  outro aplicativo  e  impedir  que  fraudassem  a conta dela. “Foi aí que percebi que estava fornecendo dados pessoais e que havia feito tudo o que não devia e digitei senhas de conta, do banknet, do PIX e tudo o mais. Eu estava numa espécie de demência, alheamento, que não percebia o golpe”, relata a professora.

Enquanto ela passava todos os dados pessoais para a falsa funcionária, a golpista afirmava estar  instalando o  tal recurso  de  segurança. “Como a conversa estava muito demorada, resolvi  acessar  meu  saldo do BRB no computador e já era tarde demais. Constava um empréstimo parcelado R$ 37 mil e mais dois  PIX  nos  valores de  R$ 21 mil e  R$ 16 mil do valor do empréstimo. Foi aí que minha ficha caiu e a ligação também. Meu celular foi, totalmente, desconfigurado”, conta a professora.

Ela disse que foi ao BRB comunicar o problema e descobriu que o empréstimo  foi  feito  em  33  parcelas de  R$ 2.100,00. “O gerente disse que se a análise do banco não for favorável a mim eu  terei  que  pagar as  parcelas do empréstimo até  que  saia o  resultado  do processo de  rastreamento da  operação do PIX. Disse também que se nada for provado, eu  fico  com o prejuízo de R$ 71.000,00. Simples assim”, relata.

A professora diz que “o gerente  foi  muito  prestativo  e  educado, fez  as  ligações  internas  para  iniciar  o  processo administrativo,  mas,  infelizmente , como  o  dinheiro saiu  da  minha  conta  não tem como  extornar e nem cancelar o tal empréstimo. Fui  à delegacia e  registrei a  ocorrência. É uma sensação horrível e humilhante de culpa, vergonha e raiva de mim  mesma e  do  mundo.