Assista ao vídeo com a cobertura da Feira Cultural do CED 16 de Ceilândia
A equipe de reportagem do Sinpro esteve presente no final de outubro no CED 16 de Ceilândia, quando ocorreu a Feira Cultural dos alunos da EJA. O evento ocorre desde 2010 e é um momento em que o estudante pode desempenhar e mostrar suas habilidades. O tema da edição deste ano foi a mulher. A escolha foi “em virtude da crescente violência contra as mulheres, que são diuturnamente violentadas, agredidas, sofrendo maus-tratos. A escalada da violência nesses últimos 5 anos no Distrito Federal foi exorbitante e acendeu este alerta em nós”, disse Wellington Nascimento dos Santos, coordenador da escola.
“Foi emocionante, muito lindo. Demos oportunidade para que as alunas e alunos se expressarem das mais variadas formas. As atividades mostraram a Lei Maria da Penha, peças de teatro que mostraram a violência doméstica, a mulher no mercado de trabalho, o sonho da mulher de se tornar uma profissional… Foram muito bonitas as apresentações”, afirma o coordenador.
Patrícia, aluna da EJA, diz que “eu tenho aprendido muito academicamente, mas também com a convivência. A EJA é importante sim, se você acha que é muito velho (para estudar), tire isso da sua cabeça”.
“Achei que meu tempo tinha passado, mas a vida segue”. Não existe idade e a gente pode continuar a sonhar”, afirma Cláudia, aluna da EJA.
De acordo com Wellington, a EJA cumpre um papel importantíssimo para a sociedade. “A EJA só pode deixar de existir quando o nosso país se tornar um país justo, que dá oportunidade a todos e que todos possam ter a escolarização na idade certa. Enquanto isso não acontece, a gente tem uma demanda muito grande de pessoas que não sabem, ou não têm conhecimento das escolas que estão abertas à noite e que podem acolhê-las e dar oportunidade de continuidade dos estudos e da realização do sonho de ter um diploma, da realização pessoal, de galgar dias melhores para elas”.
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