Estudantes fazem ato na UnB nesta quinta (11) contra retrocessos na educação
Para combater o ataque à democracia e os avanços nas pautas de retrocesso na educação, impulsionados pelo governo interino-golpista, Michel Temer, o Centro Acadêmico de Direito da UnB realiza ao meio dia desta quinta (11), dia do Estudante, um ato em defesa do ensino público, gratuito e democrático. A manifestação compõe a Jornada Nacional de Lutas da União Nacional dos Estudantes (UNE), definida a partir do 64º Conselho Nacional de Entidades Gerais da entidade realizado no mês passado. Haverá, como na UnB, atos em quase todas as universidades dos país pelo Fora Temer, Fora Mendonça Filho, Não à escola sem partido e em defesa da educação pública.
De acordo com a vice-presidente regional da UNE em Brasília, Luiza Calvette, o ato será realizado em unidade com todas as forças de esquerda da UnB com o objetivo de alertar os estudantes sobre as pautas de precarização da educação, que interferem diretamente na realidade do ensino público.
“A universidade pública e gratuita, como conhecemos, está ameaçada pelas ações desse governo golpista. Vamos lutar para impedir o avanço dessas pautas de retrocesso”, afirma.
As entidades estudantis se opõem à administração do ministro da Educação, Mendonça Filho que, segundo Luíza, é um governante que se coloca contra os direitos dos estudantes e da educação pública. Ela ressalta que o DEM, partido do ministro, desde o inicio se posicionou contrário a programas sociais como as cotas raciais, o ProUni, o Fies e o Enem.
“Mendonça faz parte de um governo golpista e nós não reconhecemos a legitimidade dele. A concepção de universidade que o ministro tem é uma concepção comercial, que vê a educação como mercadoria”, afirma.
Entre os projetos retrógrados, que ganharam força no governo golpista, está o projeto Escola Sem Partido (PLS 193/2016, PL 1411/2015 e PL 867/2015), conhecido popularmente como Lei da Mordaça, que visa eliminar a discussão política e ideológica no ambiente escolar, restringir os conteúdos de ensino a partir de uma pretensa ideia de neutralidade do conhecimento.
Segundo Luiza, este projeto quer silenciar os debates dentro das escolas e das universidades e impor a censura aos educadores. “A gente sabe que isso estimula um projeto acrítico e só interessa a partido conservadores. Fere, inclusive, os direitos constitucionais dos estudantes e professores da livre manifestação dentro do ambiente escolar. Vamos continuar lutando em defesa da educação pública, gratuita e democrática”, disse.
Fonte: CUT Brasília